terça-feira, 30 de dezembro de 2008

GAZA: STOP THE BLOODSHED, TIME FOR PEACE

A FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil- convida a todas as entidades palestinas no Brasil,ONGs , Organizações sindicais , Movimentos sociais e simpatizantes da Causa Palestina à participar de um evento simultâneo em todo o Brasil , que será marcado por manifestações e o fechamento dos estabelecimentos comerciais da comunidade às 11:00 hs do dia 31 de Dezembro de 2008, como forma de demonstrar toda nossa repulsa e indignação frente ao genocídio perpetrado por Israel contra nossos irmãos na Faixa de Gaza. Contamos desde já com sua solidariedade! Basta de barbárie
Esta mensagem foi enviada por Othman Jamil عثمان جميل.

Abaixo assinado ver em AVAAZ.ORG
http://www.avaaz.org/en/gaza_time_for_peace/?cl=161828480&v=2606

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Gaza no coração

2009 será um ano em que 320 mortos palestinos não passarão e milhões de outros palestinos e também israelenses temerão não ver nas franjas da guerra desproporcional entre tanques e mísseis caseiros.

domingo, 16 de novembro de 2008

As aulas são quase toda minha vida...


"As aulas foram uma parte da minha vida, eu as dei com paixão. Não são de modo algum como as conferências, porque implicam uma longa duração, e um público relativamente constante, às vezes durante vários anos. É como um laboratório de pesquisas: dá-se um curso sobre aquilo que se busca e não sobre o que se sabe. É preciso muito tempo de preparação para obter alguns minutos de inspiração. Fiquei satisfeito em parar quando vi que precisava preparar mais e mais para ter uma inspiração mais dolorosa [...] Um curso é uma espécie de Sprechgesang [canto falado], mais próximo da música que do teatro. Nada se opõe, em princípio, a que um curso seja um pouco até como um concerto de rock."
Deleuze in Conversações

domingo, 9 de novembro de 2008

WE WON'T PAY FOR YOUR CRISIS!

O movimento é italiano se chama onda anômala e seu slogan:


"Noi la crisi non la paghiamo", "O bloccate voi, o blocchiamo noi"

WE WON'T PAY FOR YOUR CRISIS!

For a number of weeks in Italy the entire world of the education system - from universities to elementary schools - has been uprising. Marches, occupations, demonstrations, pickets and blockages of the metropolitan flow have replaced the dreary rhythm of school timetables.The protests are against the new budget implemented by Berlusconi's government last summer, which seriously cuts down on public funding of education. This is the outcome of a 10 year period of crisis of the education system in Italy, when Berlusconi's Right and Prodi's Left alike treated education as a cost rather than an investment.The closure of many universities, precariousness and the dismissal of thousands of new teachers and researchers: Berlusconi's government wants the university to pay to save itself from the crisis of banks and private corporations.This movement gives us a chance to open up a new Europe-wide discussion on education today. From the struggles in Greece to the anti-CPE protests in France, the movement of the Anomalous Wave sweeps through Europe. What this means is that education and the Bologna process must start afresh on the basis of these struggles, turning education into the field of their circulation and connection, and Europe into its political domain of growth and enlargement.Today we are here in support of this large and strong movement of students, researchers and teachers - the so-called Anomalous Wave.Today we are here because the 7th of November is the day of action in Italy.Today we are here and another communicative action is running in Barcelona.Today we are here to multiply the Anomalous Waves and get ready for the Sea Storm.Today we are here building up the counter-Bologna process, that is to say, the European space of the free circulation of knowledge, of the social cooperation, of the self-education, of the autonomy of the movements.Today we are here because the European students and precarious are still rioting.Today we are here to say we won't pay for your crisis!European Anomalous Wave>> immagini dell`azione: http://www.uniriot.org/index.php










sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Interstícios urbanos

Cedi uma entrevista a este artigo publicado em
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=38&id=464


Reportagem Interstícios urbanos
Por Marina Mezzacappa
Colaboração: Enio Rodrigo

A noção de vazio é inerente à atividade do arquiteto, profissional que trabalha justamente a ocupação construtiva desses espaços vagos. Na concepção de projetos arquitetônicos, além de pensar a materialidade das construções, ele se debruça também sobre os hiatos que em meio a ela se fazem necessários. “O arquiteto compõe o espaço como uma música, com sons cheios e silêncios vazios. Esses dois elementos têm que dialogar”, compara a arquiteta alemã Anja Pratschke, professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos. Nesse sentido, o vazio não é um área sem definição, mas sim a contrapartida do cheio. “O vazio que os arquitetos pensaram e pensam é o vazio típico do que chamamos ‘interior' e sempre foi um espaço completo, com uma finalidade, uma função, um ‘vazio preparado', arquitetado para uma ocupação”, explica Fernando Freitas Fuão, docente da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Alguns vazios, contudo, são pensados para se manterem como tal. No seu processo de criação, podem ter diversos sentidos. “Os pontos de partida para esses vazios podem ser filosóficos, históricos, de compreensão do espaço”, elenca Pratschke. Ela cita dois exemplos, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e o Museu Judaico de Berlim. No caso brasileiro, o terreno que abrigava o mirante do belvedere do Parque Trianon foi doado para a construção do Masp com a condição de que a vista que ele proporcionava fosse preservada. Assim, a arquiteta Lina Bo Bardi desenhou, em 1958, o vão livre de 74 metros que deu origem a uma praça coberta entre os andares superiores e inferiores do museu. Hoje, quarenta anos após sua inauguração, as transformações da cidade encobriram parte da vista original, mas o espaço adquiriu novos significados. “É como um respiro. Você tem todo o movimento na avenida Paulista contrapondo-se a esse vão que está vazio”, reflete Pratschke.
No caso do Museu Judaico de Berlim, projetado por Daniel Libeskind, os vazios foram estruturados para representar a ausência dos judeus, expurgados da cidade por ocasião do Holocausto. “Ele deixa o vazio para te convidar a refletir sobre uma coisa que não esta resolvida”, explica a pesquisadora.
Com a modernidade, novos significados foram atribuídos ao vazio. O urbanismo modernista troca os espaços confinados pelos grandes espaços livres e grandes avenidas, propondo cidades abertas. Surge a idéia do espaço público, aberto, como o lugar do grande vazio, mas também do encontro, do evento. Clara Luiza Miranda, arquiteta da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), cita a Praça dos Três Poderes, em Brasília, como um dos ícones desse movimento. “É fato que a multidão esperada para a praça ainda não teve seu tempo”, lamenta. Em contraponto, a praça contemporânea preocupa-se em recuperar o sentido de urbanidade, resgatando os espaços das praças histórias e seu sentido de pertencimento.
Fissuras nas cidades
Também, na concepção das cidades, a questão do vazio se impõe enquanto dialética entre espaços construídos e espaços não-construídos (ou desconstruídos, esvaziados). “A relação entre cheios e vazios em uma cidade se iguala e se faz tão importante quanto em uma obra de arte, quando quer o artista fazê-la compreensível e assimilável”, compara Dias. Mas, atualmente, essa contraposição fica dificultada, já que as cidades transformaram-se em massas excessivamente construídas e são escassas as áreas não edificadas, livres de concreto e ferro. “Desde a metrópole, a multidão e, agora, a mega-cidade, o vazio se torna uma matéria rara, que incorpora não apenas o sentido físico e econômico, mas de lugar de memória, existencial, estético, essencial ao repouso, à desaceleração, à síncope do tempo”, avalia Miranda.
À medida que os cidadãos só conseguem ou podem se relacionar com espaços construídos, os espaços públicos são entregues à decadência e à marginalidade e reafirma-se a cidade como uma soma de espaços privados, segmentados e limitados por paredes, alambrados e cercas elétricas. “O medo do espaço amplo externo (agorafobia) burguês se dirige, no caso do homem contemporâneo, ao espaço vazio, aos interstícios, instalando, então, espaços contenedores controlados por uma variedade de dispositivos de segurança”, diz a arquiteta da Ufes. A cidadania é reduzida à capacidade de possuir um imóvel.
A lógica de empreendedorismo e utilitarismo impede que, ao invés da construção de edifícios, cultive-se um pomar, uma horta ou um jardim nos locais ainda vagos. “Muitas prefeituras sobretaxam terrenos desocupados, como um modo de ‘punir' aqueles que preferem criar capim a construir algo”, lembra Rocha. Como bem coloca o educador e escritor Rubem Alves no artigo O vazio, meio urbano e meio rural se contrapõe nesse ponto. “A roça é o lugar onde o vazio é grande. A cidade é o lugar onde o vazio é pequeno. Na cidade a gente olha para fora e os olhos logo batem num edifício, num muro, nos automóveis. Na cidade a gente vê curto. Na roça, porque o vazio é grande, os olhos vêem longe, muito longe”, escreve.
Nesse sentido, o vazio também tem o papel de “fazer ver” a própria arquitetura. “O vazio torna visível o construído. Desta forma o ser produz o útil, mas é o não-ser que o torna eficaz”, explica Dorival Rossi, professor do curso de design da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru. Para Paula Landim, do Departamento de Desenho Industrial da mesma universidade, contudo, é comum encontrar ótimos projetos de arquitetura, que, “espremidos” em um terreno, perdem seu destaque. “É o que eu costumo chamar de peru num pires”, brinca. A mesma lógica das construções ela aplica aos objetos, sua área de estudo atual. “Ao colocar um vaso ou uma cadeira em um ambiente atulhado de outras coisas, atulhado de informações, você não tem condições de enxergar e apreciar”, pontua.
Vazios urbanos
Ainda sob o prisma do urbanismo, existem os chamados vazios urbanos, lugares abandonados, esquecidos, destituídos, despovoados, desabitados, ociosos, obsoletos. São galpões, portos, edifícios antigos em ruínas, fábricas, entre outras edificações e espaços, que apresentam uma dupla ausência: de ocupação material/funcional e de interesses/significados sociais. “É o vazio como o resultado daquilo que se esgotou. O esgotamento do sentido, da essência”, sintetiza Freitas Fuão. Segundo ele, esses espaços, que muitas vezes não conseguimos determinar a quem pertencem, incomodam principalmente por sua improdutividade.
O surgimento desses vazios remete a processos políticos, econômicos e sociais. Algumas áreas valorizaram-se historicamente em detrimento de outras, que são progressivamente abandonadas. “Se examinarmos o próprio movimento que esvaziou os centros das cidades da presença de classes mais abastadas, perceberemos que, toda vez que o diminuto mercado de classe média em nosso país abre uma nova frente de expansão, esvazia a anterior”, lembra Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP em Um novo lugar para o velho centro. “Desvalorizados pela lógica do mercado e pelo imaginário de nossa cultura urbana, esses espaços semi-abandonados abrigam hoje o que ‘sobrou' de sua centralidade anterior – quem não teve renda para acompanhar os novos lugares ‘em voga', quem sobrevive da própria condição de abandono”, prossegue.
Inaproveitados, esses espaços não são apenas uma questão social, de mau uso do capital investido e de desprezo do patrimônio construído, mas também um problema ambiental, como aponta Demetre Anastassakis, arquiteto e ex-presidente nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil no texto Sustentabilidade das cidades. “Deixam de usar uma infra-estrutura projetada e calculada para sua plena utilização, fazendo a cidade buscar novos terrenos, novos territórios para crescer, territórios para urbanizar”, detalha. Paradoxalmente, cinco milhões de casas e apartamentos estão vagos nas áreas urbanas brasileiras, como apontam dados da Fundação João Pinheiro, colhidos em 2005.
Apesar de denominados “vazios”, esses vazios urbanos também têm vida, “reivindicam” alguma coisa, ainda que muitos não se dêem conta. “Esses vazios do abandono, não são vazios, não são sem sentido essas arquiteturas, pois esses objetos falam, gritam, apontam, reenviam para um outro tipo de vazio”, avalia Freitas Fuão. Assim, como lembra Rossi, o vazio pode ser entendido com virtus , como potência “algo que ainda não existe no plano material, que se originou e que significa energia de fazer”.
Por essa perspectiva, esses espaços também carregam em si a expectativa do novo. “A crise traz a angústia da ausência clara do uso atual, mas também a esperança de algo novo, indeterminado e promissor”, reflete Carlos Leite, professor do programa de pós-graduação em arquitetura e urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie em artigo publicado na ComCiência.
Ao menos parte desses espaços pode constituir a base para projetos urbanos estratégicos de regeneração de cidades ou periferias. Contudo, essa reapropriação dos vazios não é simples e gera desdobramentos. Revitalizados, esses espaços acabam por expulsar as atividades e territórios populares que nele se estabeleceram, pressionando ainda mais a precarização da cidade. “Cada porção do centro ‘enobrecida' é mais uma favela ou pedaço de periferia precária que se forma”, finaliza Rolnik.

quarta-feira, 5 de março de 2008

MILITÂNCIA HOJE

A miltância hoje não é distribuir panfleto, colar cartaz, dizer palavras de ordem. Militar é investigar. Fazer pesquisa para entender esses desdobramentos do trabalho. Identificar a capacidade produtiva do trabalho para fazer militância. É um trabalho cultural. (...)A globalização não tirou a possibilidade de transformar o mundo, mas diluiu sobre toda a face da terra essa possibilidade. Há várias cargas políticas hoje no mundo prontas para explodirem. Temos de reconhecê-las para guiá-las. Hoje, portanto, o grande problema é se inserir no mercado mundial buscando localizar essas questões. Não se trata de auto-flagelamento, mas estar sempre pronto para uma tentativa de renovação. Antonio Negri


Antenas ligadas,,, acontecimentos não são banais, a análise não pode ser apressada.

MADRES DE PLAZA DE MAYO CONTRA URIBE

Carta abierta al Presidente de Colombia, Álvaro Uribe
MADRES DE PLAZA DE MAYO


En las últimas horas, ha mostrado Ud. la verdadera cara de su gobierno: el terrorismo de Estado.
Las voces del mundo democrático se levantan por doquier, repudiando el asesinato del dirigente de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia, Raúl Reyes, y veinte hombres y mujeres de esa organización político militar, que se encontraban durmiendo en la frontera con Ecuador.
Ha asesinado Ud. el proyecto de paz que se estaba gestando.
Ha asesinado Ud. los compromisos de países regionales de la OEA. Ha violado Ud. las normas internacionales y los pedidos de los países latinoamericanos y del mundo para que se reconozca a las FARC como fuerza beligerante y se trate el conflicto en ese marco.
Entre estos hechos aberrantes, también ha violado el territorio ecuatoriano. Y ha convertido a Colombia en la pista de lanzamiento de las bases militares de Estados Unidos y sus personeros del narcotráfico, poniendo en marcha el "Plan Colombia".
Desde la República Argentina, desde nuestros 31 años de lucha, Familiares y Madres de víctimas del terrorismo de Estado, condenamos su accionar, sosteniendo nuestra voluntad y la necesidad de encontrar un camino hacia la paz en Colombia y hacia la liberación económica y social de nuestra América.

República Argentina
Buenos Aires, 4 de marzo de 2008

segunda-feira, 3 de março de 2008

HALTE AU MASSACRE A GAZA !


Judeus franceses fazem apelo contra massacre em Gaza
Em meio ao horror dos atentados de Israel contra a população de Gaza, a União Judia Francesa pela Paz (UJFP) lança uma advertência e um apelo para que se detenha a mão dos carniceiros. Sua petição ao governo francês, com apenas 278 palavras, tem a força das causas justas.
HALTE AU MASSACRE A GAZA ! NE RIEN FAIRE, C’EST ETRE COMPLICE !

Veja a íntegra do manifesto da UJFP .
''O governo israelense prepara abertamente a opinião pública mundial para a invasão de Gaza. Essa invasão já começou, com mais de 60 civis mortos somente no dia 1º de março.
Há meses a faixa de Gaza, decretada 'entidade hostil', é submetida a um ignóbil bloqueio. O governo israelense se arroga o direito de esfomear um milhão e meio de pessoas. Falta tudo em Gaza: comida, água, eletricidade, medicamentos, cadernos...
Um passo suplementar vem de ser dado. Os mortos, que o ocupante denomina pudicamente 'terroristas', vítimas de 'assassinatos seletivos' ou 'danos colaterais', são cidadãos comuns, civis, que só pedem para viver normalmente.
Por seu silêncio, por sua recusa em condenar os autores desses crimes contra a humanidade, a comunidade internacional é cúmplice.
Nós solicitamos que o governo francês:
. Condene com a mais completa clareza os crimes cometidos em Gaza pelo exército israelense, assim como o cerco da faixa de Gaza por parte do governo de Israel.
. Faça com que o Estado de Israel seja condenado pelo Conselho de Segurança da ONU, pelos crimes cometidos em Gaza, e exija a imediata cessação das violências.
. Pressione a União Européia para que esta condene imediatamente essa inaceitável violência e estabeleça contra Israel as sanções que se impõem: suspensão de toda cooperação econômica, política e cultural.
. Deixe de fazer comparações entre o ocupante e suas vítimas e proponha o bloqueio contra Israel, pelo tempo em que perdurar o bloqueio de Gaza.
. Ponha fim à impunidade dos dirigentes israelenses culpados de crimes de guerra e exija a aplicação de todas as leis internacionais violadas por Israel.
Domingo, 2 de março de 2008Birô Nacional da União Judia Francesa pela Paz.''


Quem é e o que quer a UJFP

A União Judia Francesa pela Paz foi fundada em 1994, como seção parisiense, e mais tarde francesa, da União Judia Internacional pela Paz. Conta entre seus membros com Raymond Aubrac, 93 anos, talvez o mais célebre dos remanescentes da Resistência Francesa ao nazismo, marido da legendária Raymond Aubrac, morta em 2007.
A carta da entidade proclama que ''o conflito entre israelenses e palestinos só pode ser resolvido com o fim da dominação de um povo por outro, pelo exercício do direito do povo palestino à autodeterminação, inclusive o direito de criar seu próprio Estado independente''. Defende também que ''toda forma estatal ulterior que os povos da região possam estabelecer dependerá da evolução das relações entre eles, notadamente entre palestinos e israelenses'', agregando que ''esperamos que elas evoluam no sentido da paz, da cooperação mútua e da justiça social''.
O atual presidente da UJFP, Richard Wagman, define-se pessoalmente como anti-sionista, explicando que ''os anti-sionistas são aqueles que acreditam que o sionismo está errado enquanto ideologia, e se opõem a ele''. A UJFP é hostilizada pelas organizações judaicas que dão sustentação às práticas do Estado israelense, e seus membros foram acusados pelo escritor Marek Halter de ''exibirem suas estrelas amarelas para condenarem Israel''. Entretanto, seu apelo possui a energia que vem das convicções solidárias e humanistas.
Clique aqui para visitar o site da UJFP (em francês): http://www.ujfp.org/

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

SOLIDARIZE-SE COM GAZA

O jogador Mohamed Aboutrika, da seleção de futebol do Egito, no momento em que Comemorava o gol que acabava de marcar em jogo da Copa de Nações, África 2008, disputado em Ghana, dia 27/1/2008. Na camiseta que Aboutrika mostra lia-se "SOLIDARIZE-SE COM GAZA"

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Gaza: waiting for the invasion


Políticas da restauração. Novas direitas e velha esquerda, ou como reciclar o fundo do pote* Judith Revel, nov.2007
(...) Então, o que fazer? Infelizmente, as seduções do poder não são novas. Lastimar as sereias sarkozyanas não fará nascer um novo Ulisses. Em vez disto, indagar o que significa hoje ser de esquerda parece não só obrigatório, mas também absolutamente necessário.
Uma esquerda que seja capaz de impor a Europa dos movimentos contra o simulacro da representação política, de combater a insegurança biopolítica e a precarização da vida, em vez de combater o choque de civilizações, de lutar pelo direito à felicidade, em vez de pregar a tolerância zero, de buscar as diferenças no comum, em vez de a República do cidadão ordinário, conformista, 'médio', sem cara [1].
Uma esquerda capaz de retomar para si o acesso aos saberes e à formação (atualmente entregue de presente à empresa privada, em cenário incrivelmente orwelliano), a renda mínima universal (e não o assistencialismo – além do mais sempre insuficiente – das novas leis para os pobres), de redefinir uma cidadania plena, desterritorializada e sem restrições, em vez da xenofobia e dos nacionalismos. Uma esquerda capaz de pensar de outro modo o trabalho de afirmar a potência da cooperação social e da inteligência comum.
Então, o que fazer? Toda a esquerda, contra os fantasmas daquela restauração pós-mitterandiana devorada pelo novo imperadorzinho. Depois de Napoleão III vem a Comuna de Paris. Façamos comunas, organizemos uma nova Comuna.”
NOTA
[1] No orig. “cittadino qualunquista”. [Arnaldo Carrilho: "Qualunquista" vem de "qualunquismo", movimento italiano dos anos-50 que, à imitacao do "poujadisme" francês, queria representar o "homem comum", ordinário ("qualunque"). Foi uma das frestas remanescentes do neo-fascismo, sempre latente na Italia e já vencedor, com Berlusconi. Faltou-lhe apoios dos capitalistas e da DC. Hoje, o neo-capitalismo tomou conta de tudo. É o novo fascismo.] O melhor uso do adjetivo qualunquista (it.) que encontrei na Internet, pra me ajudar a traduzir, está numa frase de Pasolini, que cabe aqui lindamente: “Lei non ha capito niente perché è un uomo medio. Un uomo medio è un monstro, un pericoloso delinquente, conformista, razzista, schiavista, qualunquista”.
*
O texto original está em http://www.posseweb.net/spip.php?article16 tradução do excerto Caia Fitipaldi e Barbara Szaniecki na lista de discussão Universidade Nômade