segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Juliana Russo

Juliana Russo

Vivendo nas cidades- O espaço Urbano como desafio Criativo.

“O mundo entrou no milênio urbano”, foi a frase que Kofi Annan, o ex secretário Geral das Nações Unidas começou a segunda Conferência Global sobre Assentamentos Humanos. Essa frase se justifica no fato de que no início do século 20 contamos com mais de 16 cidades com mais de 6 milhões de habitantes e quase 400 grandes cidades que recebem todos os dias ondas enormes de novos habitantes. E esses números continuam a crescer. No meio desse século mais de 70% da população mundial viverá em áreas urbanas.

Mas o conceito de cidade não é tema central apenas nas mentes de polícicos, urbanistas e arquitetos, mas também, nas mentes de criativos urbanos, para quem a cidade em toda sua beleza e diversidade caótica não só representa seu habitat natural, mas também a sua área principal de atuação. É aí que a cidade oferece uma infinidade de oportunidades criativas para engajamentos alternativos muito além das convensões da arquitetura e do planejamento territorial. (MAIS NO LINK)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Home on Vimeo

Home on Vimeo
"Home" is a 3-minutes-documentary about where I/we live. A full package of different techniques and a mix of interviews with very personal views of a home. by Natalie Wallrapp

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Were the riots about race? | UK news | The Guardian

Were the riots about race? | UK news | The Guardian

200 most influential Twitter users during the riots: are you on the list? | News | guardian.co.uk

200 most influential Twitter users during the riots: are you on the list? | News | guardian.co.uk

he Guardian has obtained a database of more than 2.5m twitter messages related to the riots.
These messages - unique records of what happened during the August riots, as they happened - have been used in a range of analyses, including how rumours spread and were eventually debunked.
At the Datablog we have been able to identify the twitter accounts that had the most content retweeted. We also found the most frequently-used hashtags. (...) ver mais no link

OCCUPY AMSTERDAM (Everlast - I Get By)

Occupy Amsterdam - tour du jour 04-12-2011

domingo, 16 de outubro de 2011

Em Wall Street por Keith Gessen

Em Wall Street Keith Gessen, London Review of Books, vol. 33, n. 20, p. 29, 20/10/2011
http://www.lrb.co.uk/v33/n20/keith-gessen/on-wall-street
tradução de [Enxame_nomade]

Quando os manifestantes começaram a ocupar Wall Street, eu estava ocupado (mais ou menos) e, para ser sincero, relutante. Detesto essas coisas. Detesto ficar parado em pé no mesmo lugar, cercado por policiais, gritando slogans tolos. “Sem justiça, não há paz”. Será mesmo? “De quem é a rua? A rua é nossa”. Ora, é e não é. A futilidade também é meio frustrante. Participei das manifestações contra o bombardeio do Kosovo; o bombardeio de Belgrado; a invasão do Afeganistão; a invasão do Iraque. Gostaria que a lista fosse maior, mas, parece, só me decido a sair de casa contra os F-15s. Não, não é verdade. Também saí e protestei à frente da Convenção nacional do Partido Democrata em 2000. Para mim, Gore era centrista demais. Aquela, pelo menos, nós ganhamos.

Na Rússia, onde também protestei contra várias coisas, sempre me senti diferente – há algo em estar ali, quase sempre no frio, mostrando a cara à frente da Polícia russa; mostrando que você não tem medo deles. Sempre parecia que valia a pena. Não sei se valia ou não. Sempre havia muito mais policiais que manifestantes. Sempre éramos menos do que gostaríamos de ser. No inverno, quando os nacionalistas das torcidas de futebol ocuparam Manezh Square, sob os muros do Kremlin, foi diferente. Eram muitos, muitos mais que a Polícia. Só não derrotaram a Polícia, porque não quiseram. Se, naquela noite, as torcidas de futebol tivessem decidido ocupar o Kremlin, provavelmente teriam ocupado. (Em vez disso, atacaram não eslavos que passavam por ali.) Aquela multidão fez todos os demais protestos de que participei em Moscou nos últimos quatro anos parecerem tímidos, frágeis, patéticos.

Ontem, na praça Foley[1], havia, no mínimo, dez mil pessoas. Fiquei sem ar, boquiaberto. As fachadas neoclássicas dos cinco prédios da Justiça em volta da praça. Normalmente, dão à praça um ar de desolação, como se você tivesse sido jogado em Washington DC. Mas com toda aquela gente... parecia a Europa. Muitos sindicalistas de meia idade, vindos de todos os cantos da cidade; muita gente também, de ar interessado, sério e também (minha opinião) gente frívola, mais ou menos da minha idade, dessa gente que se vê andando pela cidade. Camaradas, é aqui que a coisa acontece.

Fazia tempo que não lembrava, mas voltou-me à cabeça um protesto do qual não participamos. Lembro só das imagens de televisão: um grupo de jovens Republicanos, homens e mulheres, ternos e terninhos de trabalho, cantando à frente de uma cantina escolar (acho que era) onde, na Flórida, acontecia a recontagem dos votos [reeleição de Bush], exigindo que a recontagem fosse suspensa. O Wall Street Journal noticiou o evento, alguns dias depois, como “levante burguês” espontâneo. De fato, não passavam de assessores parlamentares do Partido Republicano, mandados de avião para a Flórida, para protestar. Mas e nós? Onde estávamos? Em casa, sentados, enquanto os burgueses lá estavam, mobilizados, dando seu recado: se os votos fossem contados e o resultado da eleição fosse revertido, seria a guera civil.

Ontem, a multidão demorou duas horas para andar seis quarteirões até o Zuccotti Park, onde algo entre 50 e 500 pessoas – estudantes, anarquistas, anarquistas que estudam – vivem acampados há três semanas. A primeira impressão do parque é que a população de outro parque – Washington Square Park – se transferira para lá, com toda a mudança. Mas era a praça Washington Square em armas. Do lado leste do parque, um círculo de pessoas batia tambor. Na praça Washington Square, seria a trilha sonora de sua juventude perdida. Ali, eram tambores de guerra. Boa parte do Zuccotti Park foi ocupado por sacos de dormir, muitos deles cobertos com lona azul, para protegê-los da chuva. (É ilegal montar barracas sem autorização em New York City, para manter os sem tetos afastados do centro da cidade, e, agora, para impedir que os manifestantes montem o seu cartaz ideal.) No centro do parque está montado uma espécie de bufê, com pessoas andando em fila e pilhas de pizzas doadas e macarrão, servido nos pratos. Ninguém parecia interessado nas maçãs disponíveis numa grande caixa. Ali perto, o centro de imprensa e mídia – cerca de doze pessoas reunidas em roda, cada um com seu laptop, e um pequeno gerador com vários cabos interconectados e wifi.

O parque ocupado fica logo depois de uma esquina de Wall Street; é praticamente do outro lado da rua, à frente do gigantesco canteiro de obras do Marco Zero. A nova sede do banco Goldman Sachs fica logo ao lado do poço das fundações do Marco Zero. Uma loja de Brooks Brothers de um lado do parque, e outra, de Men’s Wearhouse, do outro lado. Os banqueiros tiveram de atravessar o parque. Um acampado, jovem petroleiro do Alasca, contou-me que praticamente não dormira na noite anterior, primeiro porque os ocupantes faziam muito barulho e, depois, quando resolveram dormir, começaram os banqueiros, a passar por cima de seu saco de dormir, desde as 5h30 da madrugada. Se fossem pela própria Wall Street, logo veriam que todas as medidas de segurança implantadas depois do 11/9 foram reforçadas por vários bloqueios da Polícia, para impedir o crescimento natural da ocupação, que levaria um oceano de manifestantes e seus sacos de dormir até a porta do prédio da Bolsa de Valores de New York.

Não sei se os banqueiros têm-se sentido mais desconfortáveis em New York nas últimas semanas, que nos últimos anos, mas é possível. Uma coisa é ser espinafrado pelo culto e barbudo Paul Krugman ou pelo mau-humorado Barney Frank; outra coisa, bem diferente, é ser mandado calar o bico (“O dinheiro fala... demais!”, lê-se num cartaz), por uma coleção sortida e sempre crescente de jovens saudáveis e bonitos. Já é bom começo, para os banqueiros pararem de desgraçar algumas das cabeças mais brilhantes dessa geração. Que Goldman Sachs construa a nova sede, mas não tenha coragem de pôr as palavras “Goldman” ou “Sachs” na fachada do n. 200 de West Street, isso sim, também já é alguma coisa.

Manhattan foi construída do sul para o norte, e o distrito financeiro, no extremo sul da ilha, é a parte mais antiga da cidade. A igreja Trinity, ao lado do Zuccotti Park, é a mais antiga da cidade, como o cemitério que há ali ao lado. (Onde está enterrado Alexander Hamilton, fundador do Federal Reserve.) Há algo de grandioso, embora assustador, no distrito financeiro. As fotos famosas de Paul Strand, de 1915[2], de banqueiros andando para o trabalho de manhã cedo, transformados em anões, pela arquitetura de proporções tão gigantescas que parece ter sido construída para outra espécie, muito maior que nós, ainda captura bem o clima, sobretudo depois que o sino do encerramento das operações na Bolsa já pôs para fora os trabalhadores e meteu-os no trem para New Jersey. Ninguém vem passear aqui; aqui, nada acontece. Até que aconteceu.

Anteontem, dia da grande marcha que partiu da praça Foley, partimos antes de um pequeno grupo de ativistas que andou para o centro e tentou atravessar uma barreira da polícia para chegar à própria Wall Street. Vi pelo YouTube, na mesma noite: um policial girando o cassetete como se fosse taco de baseball, fazendo-o descer sobre carne humana. No dia seguinte, começaram as ocupações dos centros cívicos por todo o país na Philadelphia, Austin, Washington, Los Angeles – até em Boston.

Voltei ao Zuccotti Park aquela noite, para a Assembleia Geral diária. Esperava discussão tediosa sobre a ideologia e as demandas da ocupação – ressuscitar a lei Glass-Steagall Act? –, mas logo vi, deliciado, que a pauta incluía, quase exclusivamente, questões de logística. Cerca de 80 pessoas ouviam e repetiam (é o “microfone do povo”) os relatórios de vários ‘comitês’ altamente práticos.

O rapaz da internet relatou que já estava quase pronto um novo website e também propôs que se votasse se a ala oeste do parque (a roda dos tambores) deveria receber uma conexão de internet; o comitê Legal relatou que muitos advogados haviam informado que estavam vindo; que, por isso, o comitê Legal seria reorganizado em vários subcomitês. Relações Públicas pediu que, fosse quem fosse o sujeito que andava fazendo telefonemas de críticas à Associated Press, que parasse imediatamente. “Nosso objetivo não é atacar a imprensa. Nosso objetivo é manipular a imprensa, para que divulgue nossa mensagem para todo o planeta.” (Disse também que quem tivesse planos de ações contra a imprensa fizesse contato com o comitê, para discussão e assessoramento.) O Comitê de Arte e Cultura anunciou que “a poesia da Revolução tem de ser inesquecível”, informou sobre show artístico que estava sendo organizado e prometeu uma grande surpresa para depois da Assembleia Geral– como depois se viu, o rapper Talib Kweli cantou para todos. O comitê de Relações Comunitárias apresentou relatório sóbrio, mas otimista: haviam participado de reuniões da comunidade local e ouvido as preocupações dos moradores da área – disseram que, no 11/9, a vida daquela região foi terrivelmente abalada. E que, agora, outra vez, a vida deles está sendo terrivelmente abalada. Os altos prédios que cercam o parque Zuccotti criam um corredor de eco, e alguns dos bloqueios implantados pela Polícia para impedir a passagem dos manifestantes até a Wall Street também impedem que os moradores usem as calçadas diariamente. Por enquanto, relataram um rapaz e uma moça do comitê de Relações Comunitárias, os moradores decidiram não apresentar queixa contra os manifestantes – mas o comitê de Relações Comunitárias destacou a importância de os ocupantes continuarem a ser muito cordiais com os moradores da área. Sem o apoio da população residente local, a ocupação pisará sobre gelo muito mais fino. É claro que os ocupantes só podem exigir ficar onde estão: no nosso escritório em Wall Street. Que outras ocupações façam outras demandas. O objetivo da primeira ocupação é permanecer onde estamos.

Gostei muito do relatório do comitê Sanitário, cujas linhas, atentamente repetidas duas vezes pelos manifestantes, para que todos ouvissem – o “microfone do povo” – soou como a mais perfeita agenda de limpeza e organização popular que jamais ouvi. “Amanhã”, disse a moça (“amanhã” repetiam os das primeiras filas; “amanhã”, repetiam novamente os das filas de trás, no microfone do povo),“vamos limpar toda a área. Quem estiver dormindo aqui, deve limpar e arrumar suas coisas até o meio dia (“meio dia”, “meio dia”, pelo microfone do povo). Se quando passarmos para recolher, os papelões e a sujeira de cada um já estiverem reunidos, será ótimo”.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Conselho ao pessoal de Occupy Wall Street - Matt Taibbi

Meu conselho ao pessoal de Occupy Wall Street:
Peguem os banqueiros pelo ponto que mais dói
12/10/2011, Matt Taibbi, revista Rolling Stones (ed. 27/10/2011)
http://www.rollingstone.com/politics/news/my-advice-to-the-occupy-wall-street-protesters-20111012


Já estive duas vezes, até agora, em Occupy Wall Street, e adoro aquilo lá. Os protestos que começaram na Praça Liberty e já se espalharam por toda a parte baixa de Manhattan são importantíssimos, resposta lógica ao Tea Party e dedo bem dado à cara da elite financeira. Os manifestantes escolheram o alvo certo e, pela recusa a deixarem a praça desde o primeiro dia, também a tática correta, mostrando ao grande público que o movimento contra Wall Street tem pique, decisão e, a cada dia, ganha mais apelo popular.

Mas... há um mas. E, para mim, é uma coisa pessoal profunda, porque essa questão de combater a corrupção que Wall Street gera é causa à qual dedico minha vida há anos, e é difícil para mim não ver qualquer ação de Occupy Wall justamente na direção em que o movimento pode ser melhor e mais eficaz. Penso, por exemplo, que os bancos devem ter-se rejubilado secretamente nos primeiros dias de protesto, certos de que haviam vencido o primeiro round da guerra pela opinião pública.

Por quê? Porque depois de uma década de roubo sem paralelo, de corrupção como jamais se viu no mundo, com dezenas de milhões de norte-americanos passando à categoria de sem teto e famintos, graças aos preços da comida artificialmente inflados, e com outros milhões de norte-americanos despejados de suas casas pela corrupção no mercado imobiliário, as manchetes de jornais durante a primeira semana de protestos contra o setor financeiro e de serviços foram dignas de revistinha de colégio de meninas.

Na minha opinião, isso diz muitíssimo sobre o desafio inicial de opor-se à hidra de 50 cabeças da corrupção pelos banqueiros de Wall Street, porque é extremamente difícil explicar os crimes da moderna elite financeira num infográfico simples.

A essência desse tipo específico de poder oligárquico é a complexidade e a invisibilidade no dia a dia. Seus piores crimes, do suborno e tráfico de influência à manipulação do mercado, do domínio sobre o governo político, comandado dos bastidores, à usurpação da estrutura regulatória que se faz dentro dos parlamentos, nada disso pode ser visto pela opinião pública, nem é noticiado pela televisão. Não haverá a foto icônica da menina com o corpo queimado por napalm, com Goldman Sachs, Citigroup ou Bank of America. – Só há 62 milhões de norte-americanos com zero na conta poupança, ou ainda devendo dinheiro, coçando a cabeça e sem entender para onde foi o seu dinheiro sumido e por que os seus votos parecem valer menos e menos, e cada vez menos, a cada ano.

Mas não importa. Façam o que fizerem, sempre apoiarei Occupy Wall Street. E acho que a estratégia básica do movimento – construir grandes números e não abandonar a praça, em vez de prender-se a um ou outro conjunto fechado de princípios – fez e continua a fazer pleno sentido. Mas aproxima-se rapidamente o momento em que o movimento terá de oferecer solução concreta aos problemas criados por Wall Street. Para fazer isso, precisarão de uma lista curta, mas potente, de reivindicações. Há milhares, mas sugiro que o movimento concentre-se em cinco:

1. Quebrar os monopólios. As cinco grandes empresas financeiras, chamadas “Grandes Demais para Quebrar” – também chamadas, mais precisamente, de “Instituições Sistemicamente Daninhas” – são ameaça direta à segurança nacional. Estão acima da lei e acima das consequências de mercado, o que as torna mais perigosas e imperscrutáveis que mil máfias reunidas. Há cerca de 20 dessas empresas nos EUA – e têm de ser desmontadas. Bom começo nessa direção seria rejeitar a ‘Lei Gramm-Leach-Bliley’ [ing. Gramm-Leach-Bliley Act[1]] e ordenar a separação das empresas de seguros, bancos de investimento e bancos comerciais.

2. Que eles paguem pelos próprios ‘resgates’. Uma taxa de 0,1% de todos os negócios de ações e bônus e uma taxa de 0,01% de todos os negócios com derivativos gerariam dinheiro suficiente para devolver aos contribuintes o que nos foi roubado nos ‘resgates’, e ainda sobraria muito para combater os déficits que os bancos alegam que tanto os preocupam. Ajudaria a conter a caça sem fim a lucros instantâneos através de esquemas de negócios internos como High Frequency Trading, e forçaria Wall Street a voltar ao negócio que se espera que seja seu meio de vida, i.e., fazer investimentos decentes em empresas que gerem empregos e ajudá-las a crescer.

3. Nada de dinheiro público para lobbies privados. Uma empresa que recebe ‘resgate’ público não pode ser autorizada a usar o próprio dinheiro dos contribuintes para pagar lobbies contra os contribuintes. Você pode ou mamar nas tetas do estado ou influenciar a eleição do próximo presidente, mas não poderá mais fazer as duas coisas. Caiam fora e deixem o povo eleger livremente o próximo presidente e o Congresso.

4. Taxem os jogadores da jogatina dos fundos hedge. Para começar, temos de repelir imediatamente o corte de impostos obsceno e indefensável, que permite que titãs dos hedge funds como Stevie Cohen e John Paulson paguem impostos de apenas 15% dos bilhões que ganham na jogatina financeira, enquanto cidadãos norte-americanos comuns pagam o dobro disso por ensinar crianças ou apagar incêndios. Desafio qualquer político a levantar-se para defender esses buracos da lei, em ano eleitoral.

5. Mudar o modo como os banqueiros são remunerados. Temos de ter leis que impeçam que executivos de Wall Street recebam bônus por encobrir negociatas que, mais cedo ou mais tarde, sempre explodem na nossa cara. Tem de ser assim: você faz um negócio, compra ações de empresas que você poderá revender em dois ou três anos. Assim, todos serão obrigados a investir na saúde financeira das próprias empresas, no longo prazo – e fim dos Joe Cassanos embolsando bônus multimilionários, só porque destruíram as AIGs do mundo.

Citando o imortal filósofo político Matt Damon de Cartas na Mesa[2], “a chave para pôquer sem limite é obrigar um homem a tomar decisões que envolvem todas as suas fichas.” A única razão pela qual os Lloyd Blankfeins e Jamie Dimons do mundo sobrevivem é que jamais são forçados, pela imprensa ou pela lei ou seja por que for, a pôr todas as suas cartas na mesa. Se Occupy Wall Street pode fazer isso – se pode falar ao mesmo tempo aos milhões de norte-americanos que os bancos reduziram à miséria e converteram em sem-tetos e desempregados – então, sim, há chance de que construa movimento massivo, de base. Só precisa meter um fósforo aceso no ponto certo, e lá estará o apoio popular para reformas reais – não depois, mas já, imediatamente.

NOTAS
[1] A Lei Gramm–Leach–Bliley Act (GLB), também chamada “Lei de Modernização dos Serviços Financeiros”, de 1999 (Pub. L. No. 106-102, 113 Stat. 1338, aprovada dia 12/11/1999) é lei aprovada pelo Congresso dos EUA (legislatura 1999–2001). Foi sancionada pelo presidente Bill Clinton e rejeitou parte da Lei Glass–Steagall (‘Lei da Prudência Bancária’) de 1933, abrindo os mercados para bancos e empresas de seguros. A Lei Glass–Steagall proibia que uma instituição atuasse em qualquer tipo de combinação como banco de investimento, banco comercial e empresa de seguros (mais, sobre isso, em http://en.wikipedia.org/wiki/Gramm%E2%80%93Leach%E2%80%93Bliley_Act) [NTs].
[2] Rounders, filme de 1998. O personagem de Matt Demon é jogador que abandonou o pano verde, mas tem de voltar a jogar pôquer de apostas altíssimas, para ajudar um amigo perseguido por agiotas (mais em http://www.imdb.com/title/tt0128442/) [NTs].

sábado, 20 de agosto de 2011

RECETAS URBANAS

RECETAS URBANAS
TXT/ ADVERTENCIA

"Todas las recetas urbanas mostradas a continuación son de uso público, pudiendo ser utilizadas en todo su desarrollo estratégico y jurídico por los ciudadanos que se animen a hacerlo. Se recomienda el estudio exhaustivo de las distintas localizaciones y situaciones urbanas en las que el ciudadano quiera intervenir. Cualquier riesgo físico o intelectual producido con el uso de las mismas correrá a cargo del ciudadano."

Santiago Cirugeda


Revista Global Brasil

Revista Global Brasil

Indignação no MundoBraz


O número 14 da Global, totalmente online, traz o debate sobre os processos de indignação que ocorrem desde a Praça Tahrir, no Egito, aos POBRES cariocas que estão sendo REMOVIDOS em função do processo de desocupação por conta das obras das Olimpíadas de 2016; das manifestações contra a democracia dos poucos na Espanha aos desmonte da democratização real que sofre o atual Ministério da Cultura, no Brasil. Em comum, essas lutas são marcadas pelas dimensões produtivas da vida, que resiste a se deixar capitalizar.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dispositivo segundo Manuel Gausa


Um dispositivo pode ser um sistema, um mecanismo, uma estratégia, uma lógica operativa ou organizacional (infra-estrutural). Não se refere a estruturas vinculantes, mas a processos relacionais, que podem mesmo negar a formalidade do sistema. Um dispositivo é um veículo de processar informações e situações, é simultaneamente “resposta global e local”, que pode ser apresentado por um “mapa de movimentos ou diagramas” (Manuel Gausa, 2001).
A compreensão do dispositivo como agenciamento, conceito de Gilles Deleuze e Felix Guattari, o torna imediatamente territorial, possibilitando distinguir conteúdo e expressão. Uma outra maneira abordar o dispositivo, como agenciamento territorial, é observando as linhas, que o franqueiam a outros agenciamentos, as linhas de desterritorialização (DELEUZE & GUATTARI, 2002).
In Dispositivos territoriais das redes Mundiais tese de doutorado PUCSP, 2004. orientação Nelson Brissac

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Riots updated: Sennett, Rykwert, Till, de Botton, Tavernor and more on why Britain is burning | News | Architects Journal

Riots updated: Sennett, Rykwert, Till, de Botton, Tavernor and more on why Britain is burning | News | Architects Journal

Joseph Rykwert- We need to think about public housing and public space - quickly C

Richard Sennett - The riots were all too predictable (...)

Jeremy Till - At least the architects are not blamed this time, as we were with Broadwater. Nor could we be, because (quoting Simmel) the city is not a spatial entity with sociological consequences, but a sociological entity that is formed spatially. Here the riots spatialise years of ramping up of social inequality. (...)

William JR Curtis - London has been up for sale to the highest bidders in the international plutocracy for years and the results are there to see in the Shard and all the other grotesque signs of exaggerated wealth that are in fact impoverishing the public realm for everybody else. (...) Is one surprised that one kind of violence is responding to another kind? No, not really. (...)

Yasmin Sharif- (...) What we are experiencing are the consequence of policies which pander to big business and line the pockets of bankers, developers, PFI companies and other private organisations at the expense of the public purse.

Leitura dos outros no link-título

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Henri Lefebvre, inventor do direito à cidade | Ponto de Cultura - Outras Palavras

Henri Lefebvre, inventor do direito à cidade | Ponto de Cultura - Outras Palavras

O “direito à cidade” foi pioneiramente concebido como tal por Henri Lefebvre, na obra-manifesto Le droit à la ville, publicado poucos meses antes de maio de 1968. Lefebvre repudia a postura determinista e metafísica do urbanismo modernista: tem ciência de que os problemas da sociedade não podem ser todos reduzidos a questões espaciais, muito menos à prancheta de um arquiteto.

A crítica ao urbanismo positivista, porém, não se reduz à questão de que ignora os limites da capacidade de o planejamento racionalista abstrato transformar a realidade. Mais do que apontar a falência do resultado, Lefebvre repudia o caráter alienante da própria pretensão de tornar os problemas urbanos uma questão meramente administrativa, técnica, científica, pois ela mantém um aspecto fundamental da alienação dos cidadãos: o fato de serem mais objetos do que sujeitos do espaço social, fruto de relações econômicas de dominação e de políticas urbanísticas por meio das quais o Estado ordena e controla a população.

O Estado autoritário planificador pode até eventualmente resolver necessidades materiais como moradia e transporte, mas também priva as pessoas da condição de sujeitos da construção da sua própria cidade. No livro Contra os tecnocratas, de 1967, Lefebvre critica inclusive os regimes do “socialismo real”, por se calcarem numa concepção produtivista que ignora que o direito à cidade não se realiza simplesmente pela construção de moradias e outros bens materiais, mas de uma sociabilidade alternativa à da sociedade burocrática – seja a de consumo, seja a planificada –, dominada por uma racionalização automatizadora que torna a vida cotidiana trivial, desprovida de sentido e autenticidade, mutiladora da personalidade. (Continua ver link acima)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Google StreetView em Vitória‏


Hoje Conrado andando pela Rua da Lama em Jardim da Penha viu" o carro do Google StreetView estacionado. Conrado disse: "Não perdi tempo e saquei foto com o celular.
Dêem uma olhada."

"Conversei com o cara que tá dirigindo o carro, e ele disse que o plano da Google é fotografar todos os municípios brasileiros com mais de 50.000 habitantes.
Aqui no estado, eles tão quase acabando Vitória e já vão começar os outros municipios da Regiao Metropolitana, além de São Mateus, Linhares, Cachoeiro do Itapemerim, Aracruz, Guarapari e mais alguns.
Perguntei se precisavam andar devagar e o cara falou que não, que sempre que dá eles "metem o pé".
É isso."  Conrado Carvalho

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The Three Laws of Open Government Data | eaves.ca

The Three Laws of Open Government Data | eaves.ca

Yesterday, at the Right To Know Week panel discussion - Conference for Parliamentarians: Transparency in the Digital Era - organized by the Office of the Information Commissioner I shared three laws for Open Government Data that I'd devised on the flight from Vancouver.

The Three Laws of Open Government Data:

  1. If it can’t be spidered or indexed, it doesn’t exist
  2. If it isn’t available in open and machine readable format, it can’t engage
  3. If a legal framework doesn’t allow it to be repurposed, it doesn’t empower// ver mais no link

sábado, 2 de julho de 2011

IHU - Instituto Humanitas Unisinos

IHU - Instituto Humanitas Unisinos

O curso de Michel Foucault coletado no volume publicado por Feltrinelli, “O Governo de si e dos outros”, articula o tema de uma práxis teórica que se apresenta como crítica ao existente e ato rebelde com respeito ao poder. Um texto que, junto com “A coragem da verdade”, em vias de publicação, desmente as interpretações que apresentaram o filósofo francês como um teórico do neoliberalismo.

A reportagem é de Alessandro Dal Lago, publicada no jornal Il Manifesto, 23-10-2009. A tradução é de Benno Dischinger.

A coragem da verdade é o título do curso dado por Michel Foucault no Collège de France de fevereiro a março de 1984. Poucos meses depois, no mês de junho, o filósofo teria morrido. A morte adeja sobre as últimas palavras públicas de Foucault e não só porque no início do curso ele admite estar seriamente enfermo ou porque se multiplicam as referências aos últimos dias de Sócrates. Antes, as lições concluem sob a insígnia da finitude, como consciência de um senso terreno e irrepetível a ser dado à existência entre os homens. Continuação explícita de O governo de si e dos outros, publicado na França em 2008 e na Itália faz poucos dias junto a Feltrinelli, A coragem da verdade (do qual o editor milanês anunciou a publicação em italiano) coroa uma meditação sóbria e analítica, mas não menos radical sobre o que Hannah Arendt teria definido a existência política.

Aqui devemos ser claros. Os dois cursos e, sobretudo o segundo, mandam pelos ares as interpretações edificantes e paroquiais, essencialmente revisionistas, que na última década, com base na publicação dos cursos, se quis dar da pesquisa foucaultiana. Onde Foucault reconstruía as peripécias da ética antiga em chave de progressiva despolitização (e, portanto, justificação de um governo pastoral ou, se quisermos, do domínio), alguns intérpretes contemporâneos quiseram ver uma espécie de filosofia prática da interioridade – como naquela paródia dos exercícios espirituais que vai sob o nome de laudo filosófico. Um historiador e filósofo cético e libertário foi assim reduzido a uma espécie de pedagogista ou mestre de sabedoria, caricatura que Foucault teria detestado. Bastaria a sobriedade com a qual enfrentou os últimos meses de vida para mostrar como para Foucault o “cuidado de si” seria algo de esquisitamente privado do qual não convém fazer comércio intelectual e material.

Os ídolos do cínico

No governo de si e dos outros, Foucault indica, baseando-se em Eurípides, Platão, Plutarco etc., como a parrésia teria sido na origem um conceito político – a palavra que o homem livre pronuncia a respeito da polis contra a tirania e a injustiça. Algo, portanto, que tem sentido em público e pressupõe um coro. Sucessivamente, em sintonia com o declínio da polis, a parrésia começa a fazer parte dos ‘arcana imperii’. Como se vê nas relações de Platão com os dois Dionísios, o “falar franco” torna-se o do filósofo ao tirano; em outros termos, trata-se de algo ao mesmo tempo técnico e secreto (de onde a afinidade com o tema platônico da supremacia da sapiência oral).

O fim da liberdade grega é o contexto histórico no qual a parrésia perde qualquer sabor político para se tornar “franqueza” teorética, “verdade” pessoal e interpessoal. Lançam-se aqui as premissas para aquela repatriação dos filósofos em si mesmos, com base em grande parte da ética helenística e em particular do estoicismo. Mas, caso se tenha em mente as outras pesquisas de Foucault, é impossível não pensar na fundação da subjetividade teórica. A partir do ‘Noli foras ire’ [Não queiras sair fora] de Agostinho, se desdobra uma estrada que passa de Descartes e transita pelos lados de Husserl para acabar no receituário edificante contemporâneo.

As primeiras aulas do curso de 184 retomam e reelaboram o Governo de si e dos outros. Como se sentisse a urgência de fixar uma matéria delicadíssima (no fundo se trata de repensar em chave de conflito ético-político e não mais de mero desvelamento da racionalidade, as origens do pensamento ocidental), Foucault retorna sobre as diversas declinações da parrésia, se detem nas interpretações da morte de Sócrates, tira os fios que daquelas antigas discussões levam diretamente aos dilemas de hoje, mostra como, em última análise, a psique seja o terreno ao qual conduziu o “falar franco”. É na interioridade da alma que o ensaio verá por último manifestar-se o logos. Simone Weil pôde falar, a propósito da filosofia platônica, de intuições pré-cristãs. Foucault nos mostra quão clássica seja a idéio (que se quer moderna) do eu como terreno privilegiado da verdade.

Era possível outra história? Através de uma análise originalíssima da virada cínica, Foucault parece sugerir de si – conduzindo-nos a um terreno que não é o da mera nostalgia da polis e muito menos do recuo histórico. O cínico não é alguém que exercita ocasionalmente a parrésia ou muito menos a teoriza, mas é aquele que a pratica sempre – isto é, alguém que vive, poder-se-ia dizer, num estado de parrésia.

O cínico desmascara, portanto, com seu exemplo os ídolos privados e públicos. Exemplar, a este propósito, é aquele filósofo cínico arrastado a juízo porque se recusa aceitar os mistérios. Se os mistérios são maus, diz ele, o filósofo deve dizer a verdade sobre eles. Se são bons, deverá atrair para eles o maior número de pessoas possível; em todo o caso, deve conhecê-los e portanto não podem dar-se mistérios. Com um só golpe, os cínicos desmascaram a mitologia religiosa e a prosopopéia do poder. Deste modo, correm riscos, exatamente como Sócrates, de quem levam às extremas consequências o método, mas sem aquela aura de superioridade um pouco tortuosa que já havia atraído sobre Sócrates as ironias de Aristófanes.

Os cínicos, de fato, dão acima de tudo o exemplo, encarnando a verdade com seu comportamento. Num capítulo extraordinário sobre a posteridade dos cínicos, Foucault mostra quanto seu exemplo esteja afim ao espírito revolucionário moderno. O cínico é, em última análise, um filósofo prático subversivo e, neste sentido, se ergue contra o conservadorismo platônico e aristotélico e seu supremo senso de ordem.

O espírito anti-institucional

Pobreza na vida cotidiana, corpos cobertos de trapos, falta de moradia, nomadismo... Nesta filosofia praticada por baixo Foucault vê justamente os pródromos de um cristianismo popular e primitivo, mas também das heresias que germinarão às margens da institucionalização do cristianismo e contra ela. Como não pensar, além dos valdenses citados por Foucault, nas seitas gnósticas, nos cátaros etc. etc. até os levellers ou os anabatistas? É no assim dito cinismo, parece dizer Foucault, um espírito anti-institucional e anti-aristocrático que, embora provindo diretamente da experiência filosófica clássica, mira diretamente no coração de outra modernidade. Os cínicos se refazem segundo Sócrates, mas o liberam das mitologias filoespartanas e autoritárias de um Xenofonte, o desplatonizam e, assim fazendo, o superam. Eis o sentido do moto de Diógenes “mudar o valor da moeda”. Não uma apologia da falsificação, mas – teria eu vontade de dizer – uma transvaloração democrática, popular, revolucionária dos valores.

Ascese, verdade como escândalo, militantismo: são estes os três aspectos que o cinismo consigna à posteridade. Não só na religião ou nas doutrinas sociais. Pense-se – diz Foucault – na pretensão dos artistas de viver uma vida exclusiva, ou seja, de viver a arte, de não aceitar uma separação entre arte e vida. “Há um antiplatonismo da arte moderna que (...) tem sido uma tendência que se encontra em Manet, senão em Francis Bacon, em Baudelaire, senão em Samuel Beckett ou Burroughs; o anti-platonismo: a arte como irrupção do elementar posto a nu pela existência” (A coragem da verdade).

O pedantismo do exemplo

Certamente há também no cinismo filosófico, diz Foucault, o anúncio de outro tipo de pedagogismo que não se manifestaria através do racionalismo socrático-platônico e depois histórico, cristão, etc., mas pelo pedantismo do exemplo. O militante está pronto a transformar-se – como a experiência histórica nos mostra até a náusea – em funcionário, talvez da humanidade. O subversivo em moralista. O herege em tutor de uma ordem que fatalmente só pode envelhecer. Mas, trata-se de uma dialética esquisitamente moderna, que está na base das nossas ilusões e das inumeráveis desilusões contemporâneas. E, no entanto, a “razão cínica” – para citar um velho livro do filósofo alemão Peter Sloterdijk – continua a trabalhar contra a eternização do presente. Porque, como observa corretamente Frédéric Gros nas notas conclusivas a Le courage de la verité [A coragem da verdade], o gesto dos cínicos consiste no apelo à transformação do mundo e, por conseguinte, na possibilidade de “outro” mundo. Com isso, cremos, o sentido da investigação de Foucault se emancipa da pátina insuportavelmente otimista e confessional da qual foi recoberto há uma vintena de anos.

Surge a vontade de dizer que o significado profundo da parrésia de fato não está para nós no desprendimento interior que Foucault reconstruiu, se não nos limiares do cristianismo, na indiferença de Diógenes diante de Alexandre e em seu seguimento; no desprezo das conveniências teóricas e políticas; no apelo à verdade contra a falsidade midiática e institucional. Em definitivo, numa existência autenticamente rebelde. Após tudo, pouco antes de morrer, Foucault observou que o verdadeiro significado da rebelião não está na vitória que é sempre problemática, mas no fato de que somente ela torna possível a história.

YouTube - ‪Enfants de Gaza et La Flottille de la Liberté أطفال غزة و اسطول الحرية‬‏

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domingo, 19 de junho de 2011

A revolução que veio da Sérvia | Presseurop (português)

A revolução que veio da Sérvia | Presseurop (português)

Operação trapos sucios

Um exemplo de mobilização criativa | Boca do Mangue

Íntegra do voto do ministro Celso de Mello sobre marcha da maconha :: Notícias JusBrasil

Íntegra do voto do ministro Celso de Mello sobre marcha da maconha :: Notícias JusBrasil
Leia a íntegra do relatório e voto do ministro Celso de Mello no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 187, em que ressaltou a liberdade de expressão e de reunião, bem como o direito à livre manifestação do pensamento, princípios fundamentais garantidos pela Constituição Federal de 1988.

#MarchadaLiberdade on Vimeo

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

De choque em choque - gazeta online

De choque em choque - gazeta online
Éflagrante a incapacidade do governo Casagrande de se antecipar e firmar uma negociação contínua com estudantes sobre transporte coletivo. A sociedade não pode ser convocada somente em 30 de dezembro para aumentar tarifa. É preciso uma agenda da mobilidade que contemple toda a sociedade: "quem e quanto pagar" por tarifas, passes livres, qualidade do serviço.
Desde abril, circulava nas redes sociais: "Vitória vai literalmente parar" (@ Protesto GV): 2 de junho, 6 horas, Palácio Anchieta. Além de "tentativas" de negociação, o que ocorreu em abril e maio? O governo não tem estrutura e pessoal para o diálogo permanente - e não o de ocasião. É discurso sem sustentação prática. Chegou ao ponto de o protesto ter começado sem a sua presença para ouvir a demanda da hora, acertar reunião e buscar liberar uma pista.

Diferenciando-se da esquerda arcaica, o "ativismo virtual", segundo o prof. Marco A. Nogueira: a) atua de forma mais livre e horizontal; b) não tem lideranças claras; c) partidos não comandam; d) há muita festa e determinação, mais do que disciplina militante. São movimentos em movimento que rompem com paradigmas de entidades estudantis do passado. As negociações são mais complexas.

Nas 6 horas de trânsito bloqueado, com Casagrande em Brasília, e o vice, Givaldo Vieira, fora da capital, relatos no Twitter davam conta de que houve ligações para dirigentes de entidades. Nada aconteceu de efetivo, até a chegada do vice. Paralisia. Agendou-se uma reunião para 13 horas. Ao mesmo tempo, o BME deu um ultimato: desocupar em 5 minutos. Do oito para oitocentos. Resultado: confronto violento na rua, e negociação que não chegou ao Palácio.

Não concordo com a obstrução total da mobilidade, nem com vandalismos. Mas é um dilema, no calor do protesto, encontrar o "ponto do doce": incomodar, ganhar repercussão e força e, simultaneamente, respeitar direitos. Não é trivial calibrar transtornos. Estudantes no protesto, e não só eles, investidos de poder, também expressam, em atos, emoções e "instintos primitivos" que suplantam racionalidades.

Os excessos se amplificam quando viram alvo de bombardeios apimentados. Os policiais deveriam estar mais bem capacitados para os momentos de forte tensão da lei e da ordem. As negociações não podem começar com a "tropa de choque" perfilada. O coronel Odorico dizia: "É ilegal, baixa o pau" (CBN, Sucupira, 20.05). Ao contrário, buscar a mediação é essencial.

São altos os riscos de "guerra" nessa ambiência. É inerente a tensão entre a eficácia do protesto - número de participantes e incômodos gerados - e o Estado de Direito. No centro de Vitória, os manifestantes acumularam poder nas seis horas de paralisação total.

Nesse clima de beligerância, o governo optou pelo confronto. Empurrou os movimentos para a Ufes. No final da tarde, a truculência do BME ampliou-os. Em menos de 24 horas, os manifestantes saltaram de dezenas para milhares. É o resultado mais veloz do "crescer é com a gente". Na noite do dia 3, outro choque. O uso da força em um dia veio a ser o prenúncio de fraqueza no outro: o governo se rendeu aos milhares de manifestantes. A polícia observou-os na Ufes e deixou-os ocupar o entorno da Terceira Ponte. Certo?

Ontem, depois dos extremos, outro protesto com interrupção parcial do tráfego e pauta de negociação. É possível a passagem para uma mobilidade sustentável?

Roberto Garcia Simões é professor da Ufes e especiaIista em políticas públicas.
E-mail: robertog@npd.ufes.br

Internet como ferramenta de mobilização | Brasilianas.Org

Internet como ferramenta de mobilização | Brasilianas.Org

Da Folha

Internet é arma política para 71% dos jovens

Pesquisa mostra que rede se firma como ferramenta de mobilização alternativa

DE SÃO PAULO

Descontentes com as instituições políticas tradicionais, os jovens brasileiros consolidaram a internet como instrumento alternativo para mobilização social, mostra pesquisa feita pelo Datafolha em parceira com a agência de publicidade Box.

Para 71% dos entrevistados, é possível fazer política usando a rede sem intermediários, como os partidos.

O dado, segundo especialistas ouvidos pela Folha, revela um esgotamento do modelo tradicional de mobilização e impõe um desafio aos que pretendem assumir a representação dos jovens.

A pesquisa compreendeu uma fase qualitativa, a que se seguiu um painel quantitativo. Neste, foram entrevistados 1.200 jovens com idade entre 18 e 24 anos, em cidades de quatro regiões do país.

"Esse jovem pensa a política de forma menos hierárquica e mostra uma descrença em relações às instituições formais, como partidos ou governo", diz Gabriel Milanez, pesquisador da Box.

O sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma que "a juventude se comunica diretamente". "Ela salta instituições. É preciso uma liderança que faça a ponte entre a sociedade e a necessidade de organização institucional", disse à Folha.

Exemplos desse "salto" ficaram frequentes no noticiário dos últimos meses.

No Egito, por exemplo, a imagem da praça Tahrir tomada por manifestantes organizados pela internet tornou-se símbolo da queda do ex-presidente Hosni Mubarak. No Brasil, em proporção ainda reduzida, o poder de mobilização das redes sociais também já aparece.

Por fora dos partidos e das organizações tradicionais da juventude, organizaram-se protestos como as marchas da Maconha e da Liberdade, assim como o Churrascão da Gente Diferenciada, contra moradores de Higienópolis, na capital paulista, que fizeram oposição à construção de uma estação de metrô.

Para o professor de filosofia da USP Vladimir Safatle, são eventos que apontam para um momento de transição.

"A forma partidária chegou a um esgotamento e as demandas vão se expressar de uma nova forma. Há, no entanto, uma questão em aberto, que diz respeito a como a sociedade vai se organizar a partir daí", diz.

Marco Magri, um dos coordenadores da Marcha da Maconha e ativista de outros movimentos organizados pela rede, reconhece a "falência" do que chama de "política institucional". "O descontentamento com esse modelo se reflete no tamanho das mobilizações que anônimos conseguem promover."

"Essa política tradicional está fadada a perder espaço. E a nós caberá o desafio de levar aqueles que se mobilizam na internet às ruas, que é o que provoca algum resultado", avalia.

(DANIELA LIMA)

Greetings, members of NATO. We are Anonymous.

 reprodução do texto do link para pensar:

“Saudações, membros da OTAN. Somos Anonymous”.
5/6/2011, Your Annon News
Em recente publicação, vocês declararam que os Anonymous seríamos “uma ameaça ao governo e ao povo”. Também disseram que o sigilo seria “mal necessário” e que a transparência nem sempre é o caminho certo a seguir.

Os Anonymous gostaríamos de lembrar-lhes que o governo e o povo são, ao contrário de supostos pilares da “democracia”, entidades distintas que frequentemente têm objetivos e desejos divergentes.

É posição de Anonymous que, quando há conflito de interesses entre o governo e o povo, a prioridade deve ser garantida ao povo, não ao governo. A única ameaça que a transparência cria para os governos está em que a transparência impede que os governos ajam de modo que enfureça o povo sem que, por assim agirem, os governos sofram as consequências democráticas da desaprovação popular; sem que o povo possa manifestar-se por vias democráticas contra um ou outro comportamento dos governos.

O próprio relatório que os membros da OTAN distribuíram cita perfeito exemplo disso: o ataque de Anonymous contra HBGary. Pouco nos importa que HBGary estivesse trabalhando a serviço da ‘segurança’ ou para objetivos militares; suas ações e práticas foram ilegais e moralmente repreensíveis. Anonymous não aceita que o governo e/ou os militares tenham qualquer direito acima da lei e que se sirvam da máscara-clichê da “segurança nacional” para justificar atividades secretas e ilegais.

Se o governo não respeita suas próprias regras, que enfrente as consequências democráticas de seus atos, nas urnas. Não aceitamos o atual status quo, quando o governo pode contar uma história ao povo e outra nos contatos privados. A desonestidade e o sigilo minam completamente o conceito de autodeterminação democrática.

Como o povo poderia decidir em quem votar, sem ser corretamente informado sobre as políticas em que os políticos realmente trabalham?

Quando um governo é eleito, diz-se que ele “representa” a nação que governa. Isso significa, essencialmente, que as ações de um governo não são as ações do povo no governo, mas são ações praticadas em nome de cada cidadão de cada país. Uma situação na qual o povo não tenha qualquer ideia, ou quase ideia alguma, do que esteja sendo dito ou feito em seu nome – sempre dito ou feito atrás de portas fechadas – é inaceitável.

Anonymous e WikiLeaks são entidades distintas. WikiLeaks não solicita nem recebe ajuda dos Anonymous. Mas Anonymous e WikiLeaks partilham uma mesma qualidade: não ameaçam nenhuma entidade ou organização – a menos que a entidade ou organização esteja fazendo algo errado e tentando escapar sem ser vista.

Não ameaçamos o modo de vida de ninguém. Não queremos dar ordens a ninguém. Não queremos assustar nação alguma.

Queremos exclusivamente esvaziar o poder de interesses escusos e devolver o poder ao povo – porque, numa democracia, o povo é que deve ser sempre levado em conta, em primeiro lugar.

O governo faz as leis. O poder de fazer as leis não dá a nenhum governo o poder de atropelar a lei. Se o que algum governo faz é feito às escondidas ou é sabidamente ilegal, nada jamais haverá de “embaraçoso” nas revelações de Wikileaks, nem nenhum escândalo advirá de as pessoas saberem exatamente o que HBGary é ou faz. Escândalos que tenham sido descobertos não são resultado da ação de Anonymous ou de Wikileaks: são resultado do CONTEÚDO das revelações. A responsabilidade por aquele conteúdo é integralmente dos políticos que, como todos os corruptos, pessoas ou entidades, acreditam, simploriamente, que estejam acima da lei e que ‘não podem’ ser apanhados.

Grande parte do que disseram empresas e governos tratou de “como faremos para evitar futuros vazamentos”. As soluções consideraram mais segurança, maior controle na liberação de autorizações de acesso a documentos secretos, penas mais duras para ‘vazadores’ e, até, censura à imprensa.

Nossa mensagem é simples: Basta não mentir ao povo, e nunca terão de preocupar-se por suas mentiras serem divulgadas. Não corrompam, não se corrompam e não facilitem a corrupção, e nunca terão de preocupar-se por a corrupção vir à luz. Não ignorem a lei, e nunca terão de preocupar-se com problemas que só perseguem quem ignora a lei.

Quem tenha duas caras, em nada melhora se cobrir uma delas. Melhor solução é ter sempre uma e a mesma cara – e que seja cara honesta, aberta e democrática.

Vocês sabem que não nos temem por sermos alguma ameaça à sociedade. Vocês nos temem porque somos ameaça à hierarquia estabelecida. Anonymous já provou, ao longo dos anos, que nenhuma hierarquia é necessária para que haja grande progresso. O mais provável é que o que vocês mais temem em nós seja a descoberta e a revelação da irrelevância de vocês, num tempo que já superou a necessidade de confiar em vocês. O que realmente os aterroriza não é um coletivo de ativistas, mas o fato de que vocês e tudo que representam, porque a maré mudou e a tecnologia avançou e caiu em mãos democráticas, já não passam de controles inúteis e ineficazes.

Para terminar, não cometam o erro de desafiar os Anonymous.

Não cometam o erro de pensar que podem degolar uma serpente sem cabeça. Se cortarem uma cabeça da Hydra, dez outras cabeças surgirão para substituí-la. Se cortarem um Anon, dez mais se reunirão a nós, em revolta contra seu ato de traição à democracia e de quebra de confiança.

A única forma de derrotar o movimento que nos une é aceitar as nossas regras.
Esse mundo já não pertence a vocês. Pertence a nós – é o nosso mundo, o mundo do povo.

Somos Anonymous. Somos legião. Não perdoamos. Não esquecemos.

Esperem, e verão.
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terça-feira, 19 de abril de 2011

Kit Mobilização | Rede Nacional dos Pontos de Cultura

Kit Mobilização | Rede Nacional dos Pontos de Cultura

A Comissão Nacional dos Pontos de Cultura disponibiliza o nosso Kit Mobilização para as atividades que serão desenvolvidas nos estados nos dias 18 de abril e 25 de maio.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Libro SCL | Espacios prácticos y cultura urbana

Libro SCL | Espacios prácticos y cultura urbana

SCL | Espacios prácticos y cultura urbana

17 x 21 cm
224 páginas, duetono, tapa rústica
ISBN Nº 978-956-14-1083-1
Santiago de Chile, 2009
Texto: castellano

A partir de las visiones de 13 jóvenes autores formados en la sociología, la arquitectura, la antropología, la economía, los estudios culturales y la literatura, este volumen inaugura una conversación sobre la construcción de la ciudad, su cultura y la vida que en ella se despliega.
Trasladando la mirada de los asuntos cuantitativos a los cualitativos y con marcado acento etnográfico, la selección de textos a cargo de Fernando Pérez Oyarzun y Manuel Tironi Rodó reúne aproximaciones no habituales sobre la condición urbana de Santiago y sus fisuras, que antes que manifestaciones de un inminente colapso parecen más bien la expresión de una realidad emergente,
que estamos convocados a desentrañar.
Fotografías de Alexis Díaz entrelazan los articulos y otorgan la visión de un paseante de la ciudad sobre la que se escribe: un retrato visual de Santiago a comienzos del s. XXI.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

BBC News - Ahdaf Soueif: Protesters reclaim the spirit of Egypt

BBC News - Ahdaf Soueif: Protesters reclaim the spirit of Egypt
People are actually articulating: "They said we were divided, extreme, ignorant, fanatic - well here we are: diverse, inclusive, hospitable, generous, sophisticated, creative and witty." Ahdaf Soueif

7iber Dot Com » Can Resistance Be Designed?

7iber Dot Com » Can Resistance Be Designed?
After realizing that Tahrir Square in Cairo was becoming more than just a demonstration space, citizens of the city redefined what public space means to them, and by that changed their country’s history.

Map and Diagram of the Protests in Tahrir Square - Interactive - NYTimes.com

Map and Diagram of the Protests in Tahrir Square - Interactive - NYTimes.com

subrealism: interactive map and diagram of tahrir square protests

subrealism: interactive map and diagram of tahrir square protests
cognitive infiltration
in:
http://subrealism.blogspot.com/2011/02/interactive-map-and-diagram-of-tahrir.html
http://subrealism.blogspot.com/search/label/cognitive%20infiltration

Uma Volta na Lama on Vimeo

Uma Volta na Lama on Vimeo

Uma cidade cresce. Uma rua se modifica.
Documentário realizado na cidade de Vitória, Espírito Santo, Brasil, em 2010.
De Ursula Dart

sábado, 2 de abril de 2011

Seminário: lutas globais e o papel da internet (40)

Seminário: lutas globais e o papel da internet (40)

Seminário: A revolução do compartilhamento: lutas globais e o papel da internet
Data: 05 de abril
Horário: 19h
Local: Auditório do Centro de Artes (Cemuni IV).
Entrada Franca.
...
A expansão do acesso à Internet, o surgimento das mídias sociais – no que se convencionou chamar de Web 2.0 – e a profusão dos dispositivos móveis de comunicação, trouxeram uma nova tônica para o cenário da comunicação mundial. Ao privilegiar a produção e a expressão de conteúdos a partir das bordas, tais tecnologias redefinem de maneira substantiva as condições da comunicação interpessoal e coletiva.

Nesse contexto, pudemos observar no início deste século, eventos nos quais o uso das novas tecnologias de comunicação teve papel fundamental na articulação e na mobilização dos sujeitos, que constituíram movimentos contestatórios potentes. Indivíduos munidos de tecnologias de produção e difusão de informação entram em um processo de intensa colaboração, criando formas de organização inovadoras, aproveitando-se da descentralização propiciada por esse novo regime de comunicação.

Ultimamente, temos acompanhado as lutas por democracia nos países do norte da África e do Oriente Médio, nas quais uma constatação importante é o uso feito pelos indivíduos das mídias sociais e das tecnologias móveis. Assim, é interessante dimensionar o papel da internet nesse cenário e discutir a relevância das novas formas compartilhamento nas lutas emergentes. Todos estes assuntos vão nortear o debate no seminário, com a participação de:

Henrique Antoun (UFRJ)

Ruth Reis (Ufes)

Clara Miranda (Ufes)

Ricardo Néspoli (Jornalista)

Mediação: Fábio Malini (Coletivo Multi/Ufes)

segunda-feira, 21 de março de 2011

La participación social en el urbanismo, en los límites de la realidad

La participación social en el urbanismo, en los límites de la realidad

“Com quantos gigabytes se faz uma jangada, um barco que veleje”: o Ministério da Cultura, na gestão Gilberto Gil, diante do cenário das redes e tecnologias digitais

“Com quantos gigabytes se faz uma jangada, um barco que veleje”: o Ministério da Cultura, na gestão Gilberto Gil, diante do cenário das redes e tecnologias digitais

DISSENSO E (RE)CRIAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO in ZONA DE IMPACTO

alberto lins caldas zona de impacto

"“A escolha desse termo [dissenso] não busca simplesmente valorizar a diferença e o conflito sob suas diversas formas: antagonismo social, conflito de opiniões ou multiplicidade das culturas. O dissenso não é a diferença dos sentimentos ou das maneiras de sentir que a política deveria respeitar. É a divisão do núcleo mesmo do mundo sensível que institui a política e sua racionalidade própria. Minha hipótese é portanto a seguinte: a racionalidade da política é a de um mundo comum instituído, tornado comum, pela própria divisão"(...)
“Assim o dissenso antes de ser oposição entre um governo e as pessoas que o contestam, é um conflito sobre a própria configuração do sensível. Os manifestantes põe na rua um espetáculo e um assunto que não tem aí seu lugar" Ranciere apud Ribeiro VER abaixo

RIBEIRO, Suzana L; S.
DISSENSO E (RE)CRIAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO. NÚCLEO DE ESTUDOS EM HISTÓRIA ORAL - USP

ZONA DE IMPACTO

ZONA DE IMPACTO

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Praça da Amizade, Bairro Floresta, Vitória, ES




Intervenção no Bairro Floresta, situado no município de Vitória. Esta visa conhecer os pontos sujos de lixo para transformá-los em espaços com melhor habitabilidade e reconhecidos como bem-comum pela comunidade. Realizou-se um mutirão de 5 a 20 de janeiro um mutirão contando com voluntários do Cisv, Célula Emau-Ufes, Fórim do Bem, Ateliê de Idéias com apoio logístico e outros da PMV.
A designação Praça da Amizade foi sugestão das crianças da comunidade.

Praça da Amizade, Bairro Floresta, Vitória, ES

Segundo dia de trabalho na foto pessoal do Cisv e comunidade de Floresta

3o dia de trabalho para execução deste platô neste dia pessoal do Cisv, Forum do Bem e Célula trabalhando no Mutirão do Bem: Educação ambiental e transformação de lugares públicos nos bairros de Floresta e Jaburu

A praça vistada por crianças de outras comunidades vizinhas a Floresta, pessoal do Cisv, Fórum do Bem e Célula