Occupying Wall Street: Places and Spaces of Political Action : Places: Design Observer
terça-feira, 30 de julho de 2013
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domingo, 21 de julho de 2013
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quarta-feira, 17 de julho de 2013
domingo, 14 de julho de 2013
sábado, 13 de julho de 2013
sexta-feira, 12 de julho de 2013
NINJA responde no Facebook nota de jornalista do Estadao, veja aqui - Blue Bus
NINJA responde no Facebook nota de jornalista do Estadao, veja aqui - Blue Bus
MÍDIA MÁRTIR
Sobre a terceira parte da sigla, a Açao, nao vou elaborar muito e me ater a um trecho particularmente triste no comentário do colega. “Ninja é, acima de tudo, o cara que ganha piso de 3 paus para fazer tudo isso. Filmar tudo com o celular e transmitir na internet, sem ganhar nada por isso, é brincadeira”
Por fim, quero dizer que concordaria com 100% do que disse Artur. Desde que ele trocasse a palavra “Ninja” por “Mártir”.
Nada contra. Há um carma, uma vocaçao, até um papel importante para os que enxergam no martírio uma virtude. Mas nao é pelo sacrifício (sempre presente) de nosso trabalho que saímos de casa. É pela parte empolgante, pela aventura e pela felicidade de tentar criar uma forma nova de fazer jornalismo. E de, inclusive, buscar formas de financiar jornalismo sem patrocínio e anúncios privados ou públicos. Nas próximas semanas, inclusive, vamos apresentar 1 site e 4 modelos diferentes para tentar estreitar a ponte de recursos e ideias entre produtores e consumidores de informaçao. Sem intermediários.
NINJA responde no Facebook nota de jornalista do Estadao, veja aqui
Em nota, jornalista desmerece trabalho da Mídia NINJA, que acompanha as manifestaçoes brs diretamente da rua, dando uma visao horizontal dos fatos para quem está de fora. NINJA publicou ontem sua réplica no Facebook, veja:MÍDIA MÁRTIR
No fim de semana, Artur Rodrigues, um jornalista do Estado de S. Paulo escreveu o seguinte parágrafo se referindo à cobertura da Mídia Ninja:“Ninja é o cara que acorda de madrugada pra falar com mulher de preso na fila da visita, o que abre cem bueiros com pé de cabra para ver se estao limpos, o que pega 10 viroses por ano para ver se tem maca nos corredores dos hospitais, o que faz 30 ligaçoes por dia para descobrir que um político está usando aviao da FAB para viagem particular, o que toma tiro no olho para fazer a imagem, o que passa dias recontando os dados de homicídios e desmascarar a maquiagem do poder público, o que é obrigado a ir no enterro de uma criança assassinada. Ninja é, acima de tudo, o cara que ganha piso de 3 paus para fazer tudo isso. Filmar tudo com o celular e transmitir na internet, sem ganhar nada por isso, é brincadeira”
Só faltou dizer que para ser Ninja de verdade precisa ter diploma… Mas nao é o caso de zombar do ataque desqualificador do colega. Apenas ler com mais atençao.Ele parece nao saber que antes de ser uma metáfora, Ninja é uma sigla. Narrativas Independentes, Jornalismo e Açao. Sobre a primeira parte, a tal independencia narrativa, um repórter do Estadao nao pode se gabar. Entendo e valorizo de verdade o apuro, a dedicaçao as viroses que ele exalta contrair. Mas, em geral, o material uma vez editado, contextualizado por seus publishers, costuma servir para reforçar uma versao de sociedade contrária aos valores humanistas que nosso herói ostenta em seu post.
Generalizo? Um pouco. Mas nem tanto… que liberdade Artur tem para questionar, publicamente, o editorial de seu veículo que pedia sangue, violência policial contra os manifestantes naquela fatídica quinta 13, quando jornalistas como ele (Se ele estivesse na rua. Nao sei se estava) apanharam como meros paulistanos indignados? Poderá o ímpeto perdigueiro de Artur investigar a fundo as contas e falcatruas de aliados políticos de seus empregadores? Poderá Artur apresentar ao público, depois de 30 telefonemas, o real teor das reformas das leis de meios de comunicaçao que vêm sendo propostas há anos?Sobre a segunda parte, o Jornalismo… Nao há dúvida. Seu ofício merece esse nome. Investigar, apurar, ter paciência e saúde para honrar a tarefa de ser um olho público. Mas entao fica a dica para Artur: faça esse trabalho antes de avacalhar o trabalho da Mídia Ninja. Ou seja: dê um de seus tantos telefonemas e descubra que horas estamos acordando. Quantas horas estamos dormindo. Como estamos financiando nosso trabalho. Os riscos e as reais agressoes que viemos sofrendo nas últimas semanas. E quais as motivaçoes, fora dinheiro, estao nos movendo para as ruas. O próprio jornal onde ele trabalha tem jornalista desse tipo, aliás. No domingo passado, uma matéria de contracapa do caderno… Aliás… buscou conhecer mais sobre nossa rede.
Sobre a terceira parte da sigla, a Açao, nao vou elaborar muito e me ater a um trecho particularmente triste no comentário do colega. “Ninja é, acima de tudo, o cara que ganha piso de 3 paus para fazer tudo isso. Filmar tudo com o celular e transmitir na internet, sem ganhar nada por isso, é brincadeira”
Seu sentimento de auto-importância, ainda comum entre sobreviventes de redaçoes (Ficaralho, alguém?) o faz encarar a falta de remuneraçao como um demérito. E a baixa remuneraçao como prova de que o Ninja, no fundo, é ele.Isso encerra de fato a discussao. Nao é que ele se conforma… mas exalta a conformaçao a um mercado precarizado, injusto e que nao dá o devido valor a quem o executa na base. Sem perceber, vira um escudo humano para críticas ao modelo corporativo e comercial. O mesmo modelo falido que, mês a mês, demite mais e mais de seus colegas. E que confunde, em um abraço de afogado, jornal com jornalismo.
Por fim, quero dizer que concordaria com 100% do que disse Artur. Desde que ele trocasse a palavra “Ninja” por “Mártir”.
Nada contra. Há um carma, uma vocaçao, até um papel importante para os que enxergam no martírio uma virtude. Mas nao é pelo sacrifício (sempre presente) de nosso trabalho que saímos de casa. É pela parte empolgante, pela aventura e pela felicidade de tentar criar uma forma nova de fazer jornalismo. E de, inclusive, buscar formas de financiar jornalismo sem patrocínio e anúncios privados ou públicos. Nas próximas semanas, inclusive, vamos apresentar 1 site e 4 modelos diferentes para tentar estreitar a ponte de recursos e ideias entre produtores e consumidores de informaçao. Sem intermediários.
Se há colegas, como Artur, que acham isso uma brincadeira, sem problemas. Nao me ofende nem um pouco. Mas que eles tenham entao a humildade de admitir que muita gente está fazendo brincando o que muitos nao estao conseguindo fazer profissionalmente.Jamille Bringuenti
Is the Egyptian Revolution Dead?
Is the Egyptian Revolution Dead?
by beloved friend Philip Rizk via Pablo de Soto (facebook)
The final excerpt:
Today we are still in the midst of the January 25 Revolution. We face a serious threat of its co-optation but until now the power still lies with the people. In order to fight on we must both remember the past as well as see our immediate situation in light of the global power constellation.
We are not alone.
Despite the different contexts across Brazil, Turkey, and Chile, as in Greece, Spain, Portugal, and the United States, people are taking to the street to stand in the way of the rule of local elites by the logic of the longevity of their power and the increase of a minorities’ wealth. Seeing all these revolutionary moments within one frame means that with or without democracy, with or without elections, popular rule is moving to the street and out of institutions and government offices. As Max Weber wrote, representation is a “structure of domination,” and thus we maintain the revolution’s cry, “the people want the fall of the system.”
We are at a global turning point.
We must fight on.
by beloved friend Philip Rizk via Pablo de Soto (facebook)
The final excerpt:
Today we are still in the midst of the January 25 Revolution. We face a serious threat of its co-optation but until now the power still lies with the people. In order to fight on we must both remember the past as well as see our immediate situation in light of the global power constellation.
We are not alone.
Despite the different contexts across Brazil, Turkey, and Chile, as in Greece, Spain, Portugal, and the United States, people are taking to the street to stand in the way of the rule of local elites by the logic of the longevity of their power and the increase of a minorities’ wealth. Seeing all these revolutionary moments within one frame means that with or without democracy, with or without elections, popular rule is moving to the street and out of institutions and government offices. As Max Weber wrote, representation is a “structure of domination,” and thus we maintain the revolution’s cry, “the people want the fall of the system.”
We are at a global turning point.
We must fight on.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Democracia ou desordem? As quatro lições da Primavera Árabe - BBC Brasil - Notícias
Democracia ou desordem? As quatro lições da Primavera Árabe - BBC Brasil - Notícias
Nenhum dos dois argumentos, no entanto, sobrevivem diante de uma análise mais criteriosa dos fatos.
É evidente que aqueles dias empolgantes de 2011 – quando os árabes tomaram as ruas e depuseram três ditadores – se transformaram agora em uma memória distante.
Muitos dos que participaram dos protestos há dois anos agora estão profundamente desiludidos. Suas vidas não melhoraram e, em muitos casos, pioraram.
Mas é necessário questionar o que deu errado, e tirar as lições corretas.
A primeira lição é que a Primavera Árabe é um processo, e não um evento. Nunca ninguém poderia imaginar que os governantes árabes, e as elites que os sustentavam, um dia cairiam ou morreriam.
O papel do Ocidente sempre foi ambivalente. Ele sempre esteve nos dois lados – ansioso por encorajar as novas democracias, mas sem derrubar as velhas autocracias.
Em sociedades em que os movimentos democráticos eram suprimidos há muito tempo, não se pode esperar que a tolerância, o pluralismo e os direitos humanos aflorem do dia para noite.
Isso sempre será, nessa região, um longa luta geracional.
Na Tunísia, as forças armadas abandonaram o ditador - e, em seguida, saíram do cenário político.
No Egito, ocorreu o oposto. Por duas vezes, após protestos em massa, o Exército interveio e retirou um ditador do poder.
Mas ao assumirem o controle do país, os militares foram inábeis. A noção de que as Forças Armadas poderiam ser um instrumento para a democracia sempre foi suspeita.
Na Líbia – até agora um caso excepcional -, foi uma intervenção do Ocidente que virou o jogo, selando o destino do ditador Muammar Kadhafi.
Na Síria, o Ocidente está – com razão – relutante a agir, deixando para as forças locais e regionais resolver o conflito.
Não há um padrão fixo e, por isso, não há resultados uniformes.
Na Tunísia, eles entenderam que não poderiam governar sozinhos.
Já os muçulmanos egípcios cometeram o erro de se livrar brutalmente de seus oponentes.
Por outro lado, incapazes de se livrarem de uma paranoia enraizada, eles tendem a ver todos os opositores como conspiradores.
E, fatalmente, subestimaram o poder dos militares.
Mas é um erro achar que, regionalmente, os muçulmanos estão recuando. Eles estão na defensiva, mas longe de serem vencidos.
A questão é qual lição eles vão tirar dos eventos recentes.
Alguns muçulmanos egípcios podem chegar à conclusão de que não podem culpar os outros pelo próprio destino: afinal, tiveram sua chance de exercer o poder, mas perderam essa oportunidade.
Outros, no Egito, na Síria ou em outros locais, podem argumentar que a democracia não leva a nada, e que apenas por meio da violência podem alcançar a utopia islâmica.
A ideia do empoderamento popular criou raízes, alimentada pela TV por satélite e pelas mídias sociais. E nenhum país está imune a isso.
A Primavera Árabe pode não ter alterado o balanço de poder regional, mas derrubou as expectativas populares.
É uma revolução na mente.
Mas a dura lição é que, por si só, o poder popular não é suficiente.
O desafio a longo prazo é traduzir o protesto popular e o ódio do povo em uma mudança real e duradoura.
Se isso não acontecer, a promessa da Primavera Árabe não será concretizada.
* Roger Hardy é autor do livro 'A Revolta Muçulmana: uma Jornada pelo Islã Político' (2010). Ele é professor associado nas universidades London School of Economics e King's College, em Londres.
Alguns analistas estão dizendo que tudo não passou de
uma ilusão, que a Primavera Árabe - que parecia ser o prenúncio da
democracia – não trouxe nada além de desordem.
Outros vão ainda mais longe e argumentam que
árabes, ou muçulmanos, estão presos ao sectarianismo e à intolerância e
que, por isso, são incapazes de promover a democracia.Nenhum dos dois argumentos, no entanto, sobrevivem diante de uma análise mais criteriosa dos fatos.
É evidente que aqueles dias empolgantes de 2011 – quando os árabes tomaram as ruas e depuseram três ditadores – se transformaram agora em uma memória distante.
Muitos dos que participaram dos protestos há dois anos agora estão profundamente desiludidos. Suas vidas não melhoraram e, em muitos casos, pioraram.
Mas é necessário questionar o que deu errado, e tirar as lições corretas.
1. Nunca será fácil e rápido
A primeira lição é que a Primavera Árabe é um processo, e não um evento. Nunca ninguém poderia imaginar que os governantes árabes, e as elites que os sustentavam, um dia cairiam ou morreriam.
O papel do Ocidente sempre foi ambivalente. Ele sempre esteve nos dois lados – ansioso por encorajar as novas democracias, mas sem derrubar as velhas autocracias.
Em sociedades em que os movimentos democráticos eram suprimidos há muito tempo, não se pode esperar que a tolerância, o pluralismo e os direitos humanos aflorem do dia para noite.
Isso sempre será, nessa região, um longa luta geracional.
2. Não há um padrão único
A segunda lição - bastante óbvia mediante um rápido retrospecto - é que circunstâncias diferentes produzem resultados diferentes.Na Tunísia, as forças armadas abandonaram o ditador - e, em seguida, saíram do cenário político.
No Egito, ocorreu o oposto. Por duas vezes, após protestos em massa, o Exército interveio e retirou um ditador do poder.
Mas ao assumirem o controle do país, os militares foram inábeis. A noção de que as Forças Armadas poderiam ser um instrumento para a democracia sempre foi suspeita.
Na Líbia – até agora um caso excepcional -, foi uma intervenção do Ocidente que virou o jogo, selando o destino do ditador Muammar Kadhafi.
Na Síria, o Ocidente está – com razão – relutante a agir, deixando para as forças locais e regionais resolver o conflito.
Não há um padrão fixo e, por isso, não há resultados uniformes.
3. Os muçulmanos estão em uma encruzilhada
Em toda a região, os muçulmanos puderam experimentar o que é ter poder, mas o usaram de formas diferentes.Na Tunísia, eles entenderam que não poderiam governar sozinhos.
Já os muçulmanos egípcios cometeram o erro de se livrar brutalmente de seus oponentes.
Por outro lado, incapazes de se livrarem de uma paranoia enraizada, eles tendem a ver todos os opositores como conspiradores.
E, fatalmente, subestimaram o poder dos militares.
Mas é um erro achar que, regionalmente, os muçulmanos estão recuando. Eles estão na defensiva, mas longe de serem vencidos.
A questão é qual lição eles vão tirar dos eventos recentes.
Alguns muçulmanos egípcios podem chegar à conclusão de que não podem culpar os outros pelo próprio destino: afinal, tiveram sua chance de exercer o poder, mas perderam essa oportunidade.
Outros, no Egito, na Síria ou em outros locais, podem argumentar que a democracia não leva a nada, e que apenas por meio da violência podem alcançar a utopia islâmica.
4. O poder do povo não é suficiente
Por último, as revoltas árabes mostraram o poder, e também as limitações, dos protestos em massa.A ideia do empoderamento popular criou raízes, alimentada pela TV por satélite e pelas mídias sociais. E nenhum país está imune a isso.
A Primavera Árabe pode não ter alterado o balanço de poder regional, mas derrubou as expectativas populares.
É uma revolução na mente.
Mas a dura lição é que, por si só, o poder popular não é suficiente.
O desafio a longo prazo é traduzir o protesto popular e o ódio do povo em uma mudança real e duradoura.
Se isso não acontecer, a promessa da Primavera Árabe não será concretizada.
* Roger Hardy é autor do livro 'A Revolta Muçulmana: uma Jornada pelo Islã Político' (2010). Ele é professor associado nas universidades London School of Economics e King's College, em Londres.
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