sábado, 22 de dezembro de 2012
Escutaram? EZLN
domingo, 16 de dezembro de 2012
domingo, 9 de dezembro de 2012
sábado, 8 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
sábado, 1 de dezembro de 2012
domingo, 25 de novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Matéria - Israelense de 19 anos prefere a cadeia ao ataque a Gaza
O jovem Natan Blanc, de 19 anos, seguiu para a prisão neste domingo porque se recusou a tomar parte neste novo ataque a Gaza. "Como cidadãos e seres humanos, temos um dever moral de recusar a participar desse jogo cínico. É por isso que eu decidi recusar entrar para o Exército Israelense em 19 de novembro de 2012”', diz o jovem em uma carta que denuncia a "onda de militarismo agressivo" em Israel.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Das quebradas ao centro | Blog Coletivo Outras Palavras
Um motoboy, um gestor cultural, um funkeiro e um professor universitário falam sobre “periferia”
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Free community food garden removed by City of Toronto workers | rabble.ca
The People's Pea Garden was planted by the Occupy movement five months ago. As part of the protest, images of park workers removing the garden are being shared on social media. Occupy Canada shared the story, the Photo has since gone viral with over 5,000 shares. Photo can be viewed here: http://on.fb.me/Ss5eNm
de Occupy Canada fbook
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Occupy Chicago Declares Victory After All Charges From Encampment Attempts Are Dropped | Occupy Chicago
MEDIA ALERT FOR IMMEDIATE RELEASE
Press Conference and Interviews Available at 3pm at 1180 North Milwaukee Avenue Chicago, IL 60642
Contact: occupychi.presscomm@gmail.com
Occupy Chicago Declares Victory After All Charges From Encampment Attempts Are Dropped
Cook County Judge Thomas Donnelly has dismissed all charges relating to Occupy Chicago's attempts at taking an encampment last October. On October 15 and 23, thousands of occupiers marched from Jackson and LaSalle to Congress Plaza to erect an encampment in solidarity with Occupy Wall Street. The encampments were meant to be a place where people could live, build community and organize in our fight against the corporate abuse of democracy. The protest was intended to build a round-the-clock presence at Grant Park. Over the course of the two attempts to create this community, 305 protesters would be arrested.
The arrests were made on the grounds of a rarely-used park curfew ordinance restricting access to Grant Park from 11pm to 6am. Occupy Chicago activists challenged this ordinance based upon the protection of the First Amendment which states:
"We were arrested because we were doing something very threatening to the state, we were creating a peaceful social platform where the voices of the lower classes could be heard. We the challenged the system of capitalism simply by talking about and bringing economic inequality to the forefront of everyday conversation has been a tremendous achievement on our behalf," said Danielle Vilarreal, Occupier arrested on October 23.
-end-
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Toma la palabra » Los mapas del 15M al 15O
Por Pablo soto
"El nuevo ciclo de luchas que comenzó con la Primavera Árabe y la Revolución Islandesa y que ha tenido su reflejo en la orilla norte del mediterráneo con el movimiento 15M y por una Democracia Real Ya, se propaga en la actualidad a una escala global.
Estos movimientos se caracterizan por (a) trabajar a dos niveles: en el internet y en las calles, con ocupación de plazas y asambleas; (b) tener una organización autopoiética de enorme escalabilidad e interactividad, y por (c) producir revoluciones de código abierto donde saberes, técnicas, prácticas y estrategias son aprendidas y replicadas con mejoras por las distintas sociedades conectadas."
Mapa conceptual de acampadasol |
terça-feira, 7 de agosto de 2012
La Puerta del Sol en Madrid « Maestroviejo's Blog
"¿Y quién reina en medio de la Plaza de Sol de Madrid? Pues la estatua de la Diosa Venus. Huelga decir que la figura de Venus tiene un significado muy iniciático y ocultista, ya que es el Lucero del Alba.Satanás es presentado en las órdenes negras como el Lucero del Alba, y de ahí su otro nombre de Lucifer, (lux =luz; ferre=portar), de lucifero, el portador de la luz.""... ver no link mais
sexta-feira, 20 de julho de 2012
BBC speaks of disappointment over riot injunction | Media | guardian.co.uk
Judge's court order had banned corporation from showing two drama-documentaries about last summer's riots
ver link acima
quinta-feira, 19 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Urbanismo Emergente o “Tactical Urbanism” « La Ciudad Viva
ac·ti·cal
adj: \tak-ti-kl\
1. of or relating to small-scale actions serving a larger purpose
who: you
what: change
where: the city
when: now
how: do it yourself*
quinta-feira, 7 de junho de 2012
URBICENTROS#3 | Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo
Acontecerá em Salvador, nos dias 22, 23 e 24 de outubro de 2012, a terceira edição do Seminário Internacional Urbicentros - Morte e vida dos centros urbanos [>site]. A argumentação fundamental do URBICENTROS#3 parte do entendimento de que a lógica de abandono, fragmentação, descontinuidade e exploração especulativa que passaram e passam as áreas centrais tradicionais das cidades, podem constituir objeto de reflexão para a compreensão e construção de um projeto democrático de cidade. Ou seja, um projeto de cidade onde o enfoque principal seja aquele da instância social e onde o espaço se entenda como o conjunto inseparável da materialidade e das ações do homem Milton Santos.
A tinta vermelha: discurso de Slavoj Žižek aos manifestantes do movimento Occupy Wall Street | Blog da Boitempo
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Antonio Negri y Michael Hardt conclusiones | TabaCanal
Antonio Negri y Michael Hardt conclusiones
Aquí podéis ver las conclusiones de Antonio Negri y Michael Hardt.
domingo, 27 de maio de 2012
OcupaRio |
26/05/2012 Por Gabriela Serfaty
"Museu é o mundo, é a experiência cotidiana”. Helio Oticica
Las asambleas populares cumplen un año y lo celebran este domingo en Sol
El domingo 27 de mayo, entre las 15:00 y las 24:00, las asambleas populares de barrios y pueblos de Madrid celebran su aniversario en la Puerta del Sol y alrededores.
Habrá, a partir de las 15:00, cuatro comidas populares (en principio “de traje”, cada persona debe traer algo) en cuatro plazas aledañas a Sol, que servirán de lugar de encuentro de las asambleas populares barrios y pueblos de cada zona:
- Las de la zona Norte, tienen su cita en la Plaza de Callao.
- Las de la zona Sur, en la Plaza de Jacinto Benavente.
- Las de la zona Este, en el área peatonal de la calle Alcalá próxima al
Sevilla. - Las de la zona Oeste, en la Plaza de Oriente.
- (...) link acima
segunda-feira, 21 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
terça-feira, 8 de maio de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
Noam Chomsky escreve – e fala – sobre o Occupy
"
O Occupy eclodiu no momento em que era mais necessário, e acho sua estratégia brilhante. Se tivessem me perguntado, eu não a teria recomendado. Nunca pensei que fosse funcionar. Por sorte, eu estava errado. Funcionou muito bem. Dois grandes processos se deram, em minha opinião, e se puderem ser mantidos e ampliados, será extremamente importante. Um foi simplesmente mudar o discurso, colocando na agenda temas que estavam fervendo nos bastidores, mas nunca eram o foco principal – como a desigualdade, a corrupção financeira, a fragmentação do sistema democrático, o colapso da economia produtiva. Estes assuntos tornaram-se comuns. Isso foi muito importante.
Outro fenômeno que surgiu, e é difícil de medir, foi a criação de comunidades. As comunidades do Occupy foram extremamente valiosas. Formaram-se espontaneamente, com base no auxílio mútuo, intercâmbio público e outras coisas que fazem muita falta, em uma sociedade pulverizada como a nossa, onde as pessoas estão sozinhas. A unidade social por que o mundo dos negócios luta é apenas uma díade, um par. Você e sua televisão e seu computador. O Occupy quebrou isso de forma extremamente significante. A possibilidade de cooperação, solidariedade, apoio mútuo, discussão pública e participação democrática é um modelo que pode inspirar as pessoas. Muitas pessoas participaram disso, pelo menos de forma periférica.
Se estas duas conquistas puderem ser mantidas e expandidos, poderá haver um impacto de longo prazo. Não será fácil, há existem desafios imensos. As táticas terão que ser ajustadas, como sempre, mas o que aconteceu foi um ponto de virada. Se você pensar no que aconteceu em apenas alguns meses, é surpreendente."
ver mais no link
US May Day Protests Planned, May Disrupt Commutes - ABC News
Associated Press writers Terry Collins in Oakland and Christina Hoag in Los Angeles contributed to this report.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Mapping POPOS in New York | Blogs | Archinect
mapeamento de espaços públicos abertos apropriados privadamente
Privately-Owned Public Open Space (POPOS), or their cousins, POPS (apparently not exactly open, yet accessible)... Spurred by Zuccotti Park, WNYC and NY World ask you "to map and report on New York City's Privately-Owned Public Spaces, aka POPS. We want to figure out how public these public spaces really are."
domingo, 18 de março de 2012
CHAMADO PARA O 12M E PARA MANIFESTOS COLABORATIVOS – OCUPARIO « Ocupa Rio – Teoria
"No 12 de Maio próximo, iremos reocupar novos espaços, sejam de terra, asfalto ou digitais. Os caminhos estão abertos e queremos abrir ainda mais os espaços para exercermos a nossa liberdade de constituir os nossos próprios caminhos comuns. Para construirmos um mundo sem os muros, cercamentos e exclusões, impostos para reproduzir os poderes econômicos, financeiros, midiáticos e coercitivos dos poucos sobre os muitos. Recusamos vender os nossos sonhos, desejos e trabalho cooperativo a empresas, marcas e fetiches, e não nos rendemos à sociedade cada vez mais vigilantista, que criminaliza os movimentos, inclusive na internet. Este chamado é aos 99% que, com o próprio suor e trabalho, sustentam a absurda acumulação de riqueza por parte do 1%. É um chamado dos que não se esquecem e sempre voltam para cobrar e construir as transformações aqui e agora""
sexta-feira, 9 de março de 2012
sábado, 3 de março de 2012
In Memory of a Hero | Occupy Los Angeles
"One by one people make their way to present their stories of how Alex affected their lives. Alex was an avid outdoorsman, who enjoyed spending time with his family hiking, skiing, and was known to cause a few headaches for his parents in his youth. As he grew into a young man he found himself channeling that energy into the revolutionary art and work he was able to accomplish through the Occupy Movement. Alex truly gave up everything to join Occupy LA and continued to give back to his community. "
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Occupy Wall Street Spreads to Over 50 Cities, Reflecting Israel’s Social Justice Protests and Arab Spring Roots « SpeakEasy
A single Israeli, Daphni Leef, moves into the street on July 14 to protest unaffordable housing in Tel Aviv. |
Marc Ngui | Drawing - Art
The drawings below are a methodical interpretation of the first two chapters of A Thousand Plateaus: Capitalism and Schzophrenia (Wikipedia link) by Gilles Delueze and Felix Guattari, translated by Brian Massumi, University of Minnesota Press, 1987.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
New York City Police Use 150-Year-Old Law Against Wearing Masks To Arrest Wall Street Demonstrators | ThinkProgress
ver tbm Village Voice
ver tbm Wall St. Journal
Democratic underground
http://hollywoodundeadofficial.ning.com/profiles/blogs/150-year-old-anti-mask-law-gets-protesters-arrested |
15M.cc: Conversaciones 15M.cc - Domenico Di Siena
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
OWS
http://www.nybooks.com/blogs/nyrblog/2011/nov/18/crackdown-zuccotti-occupy-wall-street/
http://www.outraspalavras.net/2011/12/02/esperanca-e-realidade-no-occupy-wall-street/
http://occuprint.org/Posters/ViewAll
http://thinkprogress.org/economy/2011/09/21/325014/new-york-150-years-wall-street-protest/?mobile=nc
Faça você mesmo (sozinho ou acompanhado) a pergunta
Na constituição do método de Bergson (discutida por Deleuze) distingue-se a posição e a criação de problemas. “(...) reconciliar a verdade e criação no nível dos problemas”. Segundo este critério é um equívoco considerar que o verdadeiro e o falso concernem somente às soluções. Outro equívoco, considerado infantil, é que o professor coloque os problemas, cabendo ao aluno a descoberta das soluções. Argumentam que a verdadeira liberdade está na constituição dos próprios problemas.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Les villes sans limite de l'urbanisme collaboratif - Villes - Le Monde.fr - IBM - Une Planète Plus Intelligente
Le projet "Villes sans limite" esquisse un urbanisme du futur ouvert aux foisonnements d'idées vivantes des habitants. Avec des outils logiciels destinés à favoriser l'intelligence collaborative.
La question de savoir si les habitants doivent participer à l'élaboration de leur cadre de vie a déjà été tranchée, aussi bien politiquement que réglementairement. C'est oui : il ne semblait pas concevable que le développement soutenable qui intègre la dimension du bien-être social (en lien avec les dimensions environnementales et économiques) puisse se réaliser sans solliciter les principaux destinataires.(...) Ler mais no link
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Urban Demographics: Why some city streets are more crowded than others
São dois artigos do Economist
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Agenda: Debates Ocupa Teoria – datas confirmadas. « Ocupa Rio – Teoria
Ciclos de Debates “Ocupa Teoria” – uma nova iniciativa do GT Teoria do Ocupa Rio.
Segue a agenda do 1º ciclo de debates, que ocorrerá em 4 encontros. O local dos 3 primeiros encontros será a sala 107 do IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais) da UFRJ, no Largo de São Francisco – Centro do Rio de Janeiro. O 4º encontro ocorrerá na praça da Cinelândia, seguindo a tradição do Ocupa Rio! Confira as datas e os temas:
1) Terça 07/fev – 18h – IFCS (sala 107):
Tema: A REPRESENTAÇÃO. “Não nos representa”. Outras formas de organização, produção e mídia, além da disputa pelo estado, dos partidos, da imprensa convencional.
2) Terça 28/fev – 18h – IFCS (sala 107):
Tema: A PROPRIEDADE. “O comum além da propriedade”. Moradia, regularização fundiária, reforma urbana, cultura livre, cultura de resistência, cópia livre, difusão do conhecimento.
3) Terça 13/mar – 18h – IFCS (sala 107):
Tema: A IDENTIDADE. Os pobres constituindo o próprio mundo sem ser erradicados. Lutas de índios, mulheres, negros, LGBT. “Multidão queer”. Antropologia perspectivista e política menor.
4) Terça 27/mar – 18h – Praça da Cinelândia:
Convocatória de movimentos, lutas e ativistas, culminância do ciclo com dinâmica aberta na praça. Maiores detalhes a confirmar em breve.
Indicações de referências:
HARDT, Michael, artigo “O comum do comunismo”, no 4shared (em pdf).
NEGRI, Antonio e GIL, Gilberto. palestra “A constituição do comum”,no youtube.
ROLNIK, Suely, entrevista por Pedro Britto, ao projeto Corpocidade.
MATEI, Ugo, artigo “Por uma Constituição baseada nos bens comuns”, do Le Monde Diplô, no OcupaTeoria.
MATEI, Ugo, entrevista “A lei do comum: o vírus mutante das enclosures”, no Ocupa Teoria (repost do Instituto de Humanas da Unisinos).
GUERÓN, Rodrigo, artigo “Sobre Caetano, Cotas e Passeatas”, à revista Global 13.
CORSINI, Leonora. artigo “Identidade pra quê?”, à revista Global 7 (ir à PÁG. 24)
COCCO, Giuseppe, artigo “A nova (des)ordem do trabalho”, à revista Trópico.
PRECIADO, Beatriz, artigo “Multidões queer: notas para uma política dos anormais”, em Estudos Feministas
Livros completos:
NEGRI, Antonio e HARDT, Negri. Commonwealth [trad. "Comum"], versão em espanhol no 4shared (pdf).
[principalmente pág. 3-39 e 170-198]
VEGA, Oscar Camacho. Errancias: aperturas para vivir bien (Da experiência do comum indigenista na Bolívia e seus modos de viver bem), no 4shared (pdf).
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Sistemas de Participação social no Conexões Globais 2.0. dia 28/01
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Da Primavera Árabe à internet na construção da Democracia 2.0: Antônio Martins
Antônio Martins, jornalista por um mundo pós-jornais. Ativista por uma democracia que torne a representação supérflua. Criador do Le Monde Diplomatique Brasil e do Outras Palavras. Antônio Martins explica que um pós-jornalista oferece elementos para a atransformação da realidade. Aponta sinais de miséria da democracia, de sua descontrução, delineada pela destruição do Estado do Bem Estar Social sem o menor debate com a sociedade. Diz que este é um período ruim para a cidadania. Mas Antônio Martins lista uma série de projetos coletivos que excluem mediações, intermediações. Neste contexto, aparecem indícios para construção renovada da democracia.
Antônio Martins recusa a idéia de representação no exercício da democracia, política não se faz de dois em dois anos mediante representação, política é ação concreta! Levanta que pontos de atrito, pontos de contato devem ser compreendidos para solução de problemas, por exemplo, como incidir no Estado?
Novas relações, novas relações com a natureza, reformas que passem por mobilizações, que as decisões sobre assuntos públicos sejam ampliadas à maneira de plebiscitos.
Neste ponto Marcelo Branco, mediador desta mesa, intervém: “As desintermediações chegaram a política, fruto da revolução digital”. Levanta a questão de delinear uma agenda da desintermediação e os mecanismos da pós-revolta.
A internet como direito humano no Conexões Globais 2.0, 25 de janeiro
Webconferencista:Javier de la Cueva -advogado espanhol, especialista em direitos digitais.
Debatedores: Maria do Rosário -Professora, ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Rogério Santanna - Engenheiro Mecânico especialista em Gerência em Engenharia de Software. Foi Secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão e presidente da Telebrás. Giuseppe Cocco – professor de UFRJ. Cientista político, participa da Rede Universidade Nômade.
Javier de la Cueva coloca que toda internet é propriedade intelectual coletiva, Constrói sua argumentação com base no desenvolvimento do direito à liberdade: Direito à liberdade de expressão e de informação; o direito à igualdade. A validade liberdade de consciência se afirma na partilha das idéias e esta “comunicação” só pode ser exercida num contexto de liberdade e de segurança jurídica. Javier em outros textos já colocava que “os direitos humanos constituem um domínio negado ao poder, uma área em que a política não entra porque os direitos são invioláveis, inalienáveis e e indisponíveis”. Ressalta no quadro das tecnologias da informação e da comunicação a oportunidade, a necessidade e o exercício da influência, da partilha e cooperação pra o logro de objetivos comuns.
Uma das questões que Javier de la Cueva levanta entretanto é que grande parte dos ativismos digitais se localizam em plataformas privatistas vinculadas aos Estados Unidos.
Giuseppe Cocco afirma que os direitos não devem ser pensados como concessão mas como produção e ainda para além da oposição entre o privado e o público. Será uma esfera que ainda teremos que criar. Segundo Giuseppe Cocco a atual crise é uma crise de direitos.
Rogério Santanna destaca sobre a dedicação dos oligopólios a captura das política públicas, afirmando a despeito do público seus próprios interesses. Aponta elementos de contradição entre forças políticas e interesses dentro dos governos.
Maria do Rosário além de discutir os direitos nas redes e a postura de abertura ao direito de informação sobre o governo, segundo ela não há mais governo privado, que tem que prestar contas sobre suas ações. Ressaltando os ativismos nas redes diz que desmentem a morte dos movimentos sociais.
Provocada sobre os eventos relativos ao despejo dos moradores do assentamento #Pinheirinho em São José dos Campos dia 22 de janeiro Maria do Rosário manifestou sua indignação pelo absurdo da situação, pois, haviam soluções pactuadas entre os envolvidos pelo Ministério das Cidades que foram rompidos pela justiça do estado de São Paulo. Para ela o evento do dia 22 é uma vergonha num país que é uma grande economia, onde se devem buscar soluções que assegurem os direitos humanos. Maria de Rosário diz que rejeita a solução violenta utilizada, protesta contra as bombas de gás, contra as balas de borracha, contra a demolição das casas.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Da Primavera Árabe à internet na construção da Democracia 2.0: comentário a fala de Gilberto Gil
Diálogos Globais no Conexões Globais 2.0 - programação dia 25/01
16h - Diálogos Globais
16h às 17h15 – A internet como direito humano
Webconferencista: Javier de la Cueva - advogado espanhol, especialista em direitos digitais.
Maria do Rosário - Professora, deputada federal e atualmente ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República - @_mariadorosario
18h15 - Diálogo Global
18h15 às 19h30 – Da Primavera Árabe à Internet na Construção da Democracia 2.0
Gilberto Gil - Músico, compositor. Ex-ministro da Cultura do Brasil. @gilbertogil
Antônio Martins - Jornalista por um mundo pós-jornais. Ativista por uma democracia que torne a representação supérflua. Criador do Le Monde Diplomatique Brasil e do Outras Palavras - @antoniomartins
Vinicius Wu - Secretário Chefe de Gabinete do Governador e Coordenador Geral do Gabinete Digital do Governo do Rio Grande do Sul - @vinicius_wu
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Tecedora: Castells debate os dilemas da internet
Do Outras Palavras tbm:
Entrevista concedida pelo sociólogo Manuel Castells ao programa Europa Abierta, da rádio e TV pública espanhola, uma entrevista de enorme importância para o debate destes temas.
"Está surgindo uma era de “autocomunicação de massas”: Em suas análises anteriores, e nas de outros autores, já se falava numa “era de comunicação compartilhada”, que substituiria, a “comunicação de massas”. Castells acrescenta, agora, um outro dado. Além de dispensar o conteúdo dos grandes meios, estabelecendo trocas conteúdos em pequenos grupos, os cidadãos estão se tornando capazes de falar às massas. As redes sociais permitem multiplicar mesmos mensagens transmitidas por pequenos grupos, quando estes são capazes de sensibilizar as sociedades. É o que ocorreu, por exemplo, nas revoluções tunisiana e egípcia."
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Planeta Dívida
de Bruno Cava
A dívida que nos devora
Na última década, a dívida dos estados mais que dobrou. Foi de 18 trilhões, em 2001, para 45 trilhões de dólares, em 2011. Os países desenvolvidos são os mais endividados: devem mais de 150% do PIB. Fala-se em “dívida soberana” do país, mas hoje vários estados europeus foram subjugados exatamente por causa dela. A chantagem da dívida submete os governos e, em tempos de crise global, desmascara a farsa democrática. Fica exposto quem verdadeiramente comanda a máquina representativa, triplamente mistificada por estado, partidos e grande imprensa — um único saco de farinha. A ponto de, na Itália, os plutocratas resolverem assumir o governo eles mesmos, na figura de Mário Monti. O financista insider é o novo primeiro-ministro. Jamais um golpe de banqueiros e rentistas (mercados…) tomou um governo de modo tão escancarado. It´s business, stupid! Nos países emergentes, é verdade que a dívida pública relativa ao PIB caiu sensivelmente, de 49% para 45%, no mesmo período. O que se deve, em boa parte, ao crescimento do PIB desses países, e não à redução do débito bruto. A dívida interna brasileira, por exemplo, pela primeira vez ultrapassou 1,0 trilhão de dólares, em 2011, cerca de 40% de seu PIB ascendente.
Além dos gigantescos débitos públicos, também vem se disseminando o endividamento privado. No hemisfério norte, contingentes inteiros da população devem na forma de faturas de cartão de crédito, financiamentos, hipotecas e bolsas de estudo. Nos EUA e Canadá, a dívida doméstica excedeu 100% da massa de renda. Isto significa que o cidadão deve mais do que ganha. Em alguns países europeus, a relação passa dos 150%.
No Brasil, segundo o IPEA, o endividamento doméstico é menor. Porque antes simplesmente não havia crédito para a maioria. Durante o governo Lula, as políticas de financeirização alcançaram a sociedade como um todo. Muito mais pessoas passaram a usar cartão de crédito, cheque especial, financiamento bancário, crédito consignado, crédito para compra de veículos etc. Hoje, 44% das famílias brasileiras possuem dívidas, que, no cômputo total, correspondem a 40% da massa de renda. O endividamento médio oscila ao redor de R$ 5 mil por família. Em comparação ao volume da dívida pública interna, é pouco. Basta um rápido exercício: dividam-se seus R$ 1,8 trilhões pelas 60 milhões de famílias brasileiras, resulta um quociente de R$ 30 mil para cada família. Isto é, a dívida pública socializada equivale a seis vezes o valor do endividamento privado médio. Mesmo os muito pobres sem conta no banco pagam a dívida nos atos mais prosaicos, como comprar o pãozinho da padaria, cujo preço embute impostos.
Como pode haver tantos endividados, tantos trilhões em dívidas públicas e privadas? como isso aconteceu? onde está o outro lado da equação? quem são os credores desse bolão trilhardário? Parece haver muito mais dívida do que crédito. E o pior é que pouco se fala disso nas mídias. O mundo das finanças é colocado como esotérico, como um discurso competente para o club: sempre os mesmos engravatados aspirantes a profeta que aparecem na TV e nos jornais. Os cidadãos ficam distantes, movimentos sociais idem. As velhinhas de Taubaté juram de pé junto que a ekipeconômica sabe o que está fazendo com o dinheiro de todos. Enquanto policarpos repetem a mensagem do grande líder: trabalhem, trabalhem, trabalhem, e deixem o governo trabalhar.
De fato, a conta débito/crédito não fecha. Não é pra fechar. Contra o senso comum, tem muito, mas muito mais débito do que crédito na praça. E isso não é um defeito nem distorção especulativa: precisamente assim, com uma dívida loucamente maior, a economia global pode funcionar. As finanças e o endividamento não constituem um acidente de percurso, mas o motor do capitalismo. O sistema financeiro organiza e distribui uma dívida perpétua e impagável, renovada sem parar com a emissão de novos títulos e promissórias. Uma dívida infinita que nem Deus paga. A cada promessa/dívida contraída com bancos e fundos, é criado ex nihilo um novo papel, que por sua vez monetiza a economia, alimenta-a de liquidez, ou seja, de fluidez e poder de ação. É que os títulos derivados do crédito podem circular quase do mesmo modo que o papel-moeda. Eles são dinheiro.
Acredita-se que os governos controlem a emissão de dinheiro, mas não. Ele é emitido por bancos privados e mesmo os bancos centrais estão vinculados às demandas de liquidez elaboradas pelos “mercados”. A mãe de todas as privatizações foi a privatização da moeda. E as pessoas acreditam; quem não iria acreditar na efígie santa do dólar americano ou do marco alemão? No euro, nem tanto. Em qualquer caso, a moeda busca reproduzir e perpetuar as relações de poder. Quem controla a moeda não precisa fazer as leis, já dizia Rothschild. Injetar liquidez (mais dinheiro) na economia é um modo de injetar fluxos de poder, para fortalecer atores-chave e conter as revoltas e insatisfações. Não à toa exija-se desses atores-chave o comportamento desejado pelo establishment financeiro, antes da injeção das divisas. É um ciclo vicioso entre moeda, dívida e propriedade, que o sistema financeiro metrifica e comanda. Os bancos centrais, como o malabarista chinês, ficam com a função de de equilibrar os muitos pratos que os grandes players põem a girar.
Nesse processo, a base monetária inflaciona na medida do crescimento, aprofundamento e intensificação das dívidas. E dos seguros sobre dívidas, e da titularização e circulação disso tudo. No fundo, é como uma cebola, você vai descascando as camadas até encontrar… o nada. Através dessa dívida em várias camadas, a plutocracia financista controla os governos, forja a governabilidade, assegura a concentração de rendas e lucros e, — não poderia faltar, — conserva o regime desigual da propriedade. E não pára por aí: a dívida generalizada pelo mundo opera no nível subjetivo, moldando uma espécie bastante específica de sujeito social: o homem endividado.
É a tese central do novo livro do sociólogo Maurizio Lazzarato, da universidade de Paris I, A fábrica do homem endividado: ensaio sobre a condição neoliberal (ed. Amsterdam, 2011).
Dívida como governança
Nas últimas décadas, os ganhos vêm sendo privatizados nas mãos de uma faixa mínima, cada vez mais seleta de privilegiados. É o 1%, a minoria contra quem se insurge o movimento Occupy pelo mundo. Enquanto isso, as perdas são socializadas aos 99% restantes, endividados até o pescoço. O novo proletário é o homem endividado, empreendedor de si mesmo, constrangido a planejar a vida em função de débitos, compromissos, riscos e oportunidades. Os lucros do sistema expandem, mas a desigualdade se reproduz e se aprofunda. Trata-se de assegurar o paraíso de fortunas incalculáveis à minoria, e sustentar o purgatório da austeridade à maioria.
A dívida geral assume uma função política, produtiva e distributiva. O nó górdio do modo de produção capitalista não é a mercadoria, mas o crédito. A governança neoliberal instaurada a partir dos anos 1970 precarizou os trabalhadores. O cidadão, dizem, tinha direitos e deveres. Mas sobrou apenas o dever, na acepção de dívida. O estado se desencarrega de saúde, educação, previdência, bem estar, e assim força o indivíduo a econometrizar-se. Ou seja, a calcular para si custos, perdas, ganhos e riscos, num horizonte de longo prazo. Os direitos sociais se converteram em dívidas sociais. Nessa lógica, o estado foi mínimo quanto ao desmonte das garantias sociais. Mas máximo na proteção da classe credora e proprietária, e máximo no quesito controle social. O estado máximo do neoliberalismo submeteu populações a mecanismos violentos de gestão da pobreza, imigração e resistência política.
Paradoxalmente, a globalização fortaleceu os estados nacionais, na medida em que estão integrados à ordem financeira supranacional e a operam como atravessadores de políticas. O estado se fortaleceu no norte e no sul, em ambos os casos na direção do socialismo tecnocrático. Lá, de onde escoa o dinheiro, para socializar as perdas financeiras e planificar integralmente a economia. Aqui, para onde escoa o dinheiro, para socializar os custos do desenvolvimento e igualmente planificar integralmente a economia. Burocratas no comando para fazer o que tem de ser feito, numa política coletivista, a mando de quem possui a propriedade sobre o capital. A culminância do capitalismo deve ser mesmo o socialismo: uma racionalidade férrea que impõe o progresso do capital e proletariza a todos. Vence a planificação central, a dívida pública, a tecnocracia das soluções científicas, no melhor socialismo do capital que cresce a taxas chinesas. Concordam os filósofos: o futuro será socialista ou comunista.
A consciência endividada
Para Lazzarato, a dívida não é só uma condição objetiva, mas subjetiva de nosso mundo. Mais que condição econômica, uma subjetividade, com sua moral e sua culpa. Se a economia é a ciência dos comportamentos, como se comporta o cidadão moderno que vive em dívida? Estamos devendo. A dívida, como promessa, guarda uma memória. Quem está em dívida não consegue esquecer. Lembra-se a todo momento de seu fardo, de sua obrigação condoída, e isso entristece, atrapalha o sono, tira a fome. A relação da dívida afeta-o como culpado por sua condição. É como uma marca. O sistema bancário opera como a máquina de torturas da Colônia Penal. Como nos morros cariocas, a gente abre crédito pra você, mas, se não pagar, seu nome vai pro prego.
Homem bom é Shylock: honra seus compromissos e poupa para administrar suas dívidas, — sempre reconhecidas. O que importa é fazer a sua parte e manter-se solvável. Autoexploração. Ars debitorium, a arte de viver achacado de dívidas. Psicanalistas lacanianos talvez estejam certos, o capitalismo ordena gozem! consumam! vivam ao extremo!, mas é impossível e a culpa é sua. A moral do capitalismo hodierno não se baseia somente na lógica esforço-recompensa, mas sobretudo da promessa-culpa.
O homem endividado é imagem da miséria. Um regime onde uma enorme riqueza, por todos produzida todos juntos, existe apenas para a fruição de uma faixa minúscula da população: os credores. Os demais assistem deslumbrados às fantasias plastificadas da TV: que se contentem com as migalhas. Num contexto de crise, magras migalhas. Esse contentamento fariseu. Como pombos, acreditam ser livres. Esforçam-se, e vão deprimindo-se nesse esforço, para serem todos proprietários, todos empreendedores, todos acionistas da riqueza social. “Todos serão proprietários”, promete Sarkozy. Queremos uma “sociedade de proprietários”, promete Bush. Não era esse o idílio de justiça de John Rawls, todos proprietários? O emblema maior dessa promessa só pode ser a casa própria. O signo supremo do comercial de margarina, signo do cidadão de bem, com um compromisso suficientemente sério e que atesta a consistência de um projeto de vida. Mas quando os subprimes desmentem as promessas fajutas de moradia universal, só resta mesmo descrer em toda essa lógica viciada e ocupar Wall Street. Nunca nos representaram. A crítica à democracia representativa não pode prescindir da análise econômica e financeira.
Lutar contra o futuro
Muitos comparam o mundo das finanças a um cassino. Jogam muito alto com o dinheiro alheio, sem nenhum mandato. Mas é pior do que isso. Jogam com o nosso futuro. Eis aí a acumulação originária do século 21: desapossamento do futuro. Marx descreveu como a ordem capitalista precisou desapossar os camponeses e cercar as terras comuns, a fim de coagi-los a trabalhar na cidade, a proletarizar-se nas fábricas. O capitalismo financeirizado desapossa o futuro das pessoas. Codifica-os dentro de planos de investimento, do endividamento a longo prazo que, prometem, permitirá acesso à moradia, estudos, viagens, filhos, à felicidade da novela das 8. Ganham importância as estatísticas, projeções, seguros, aulas sobre crédito e corretores bem intencionados. Eles lêem a fortuna, calculam, prevêem. Afinal, é preciso ser previdente que o futuro é incerto. O problema marxista da realização do valor está resolvido. Cada um investe o seu futuro, seu panorama de escolhas e decisões, sua subjetividade. Pequenas concessões no presente versus grandes implicações no futuro. Nesse ato, endivida-se, e essa dívida é abstraída num papel circulante que representa valor, i.e., vira dinheiro. Eis a fábrica de crenças, de confiança (faites-moi confiance).
Então, como resistir?
Em primeiro lugar, reconhecer que a crise global não se resume a fracasso de uma racionalidade econômica ou financeira. É uma crise social e política. Uma crise dos dispositivos e mecanismos de fabricar consensos e governar as populações a partir da dívida. Nesse contexto, em vez de aguardar a catástrofe que não virá ou refugiar-se em utopias de cátedra (com as quais o poder convive bem), é caso de trabalhar para que a crise não seja torcida ainda mais contra a classe devedora. É fazer política contra as tecnocracias bancárias e as receitas desenvolvimentistas, à direita ou à esquerda. O tempo da crise clama por ocupações, greves, sabotagens, pela obstrução dos mecanismos da representatividade; mas também pela construção do novo mundo: nova mídia, política e direito, uma nova economia política, uma nova moeda. A parte da destruição, a parte da construção.
Por outro lado, aquilo que nos devora também pode ser devorado. Se a moeda é instância privilegiada da dominação, também aí se descortina um campo de batalha. Reapropriar-se da riqueza social ocupando o mundo das finanças, esse poder líquido que capitaliza o futuro. Trata-se de libertar o futuro, de livrar a moeda de seu papel homogeneizador e codificador do homem e sua consciência. Há marxistas que se apressam em buscar programas nas primeiras páginas de O Capital, e acabam demonizando o trabalho abstrato, o valor de troca e o dinheiro. Mas a repropriação da riqueza não dispensa retomar o que de mais abstrato se produziu: o processo do dinheiro. Retomar o dinheiro, comunalizar a moeda e comprovar que a Grande Dívida, na realidade, não existe.
À socialização da dívida, uma socialização do crédito, aberto a todos. À dívida da existência, uma renda da existência. Como nos antigos jubileus papais, que, de 50 em 50 anos, remitiam os pecados, perdoavam as dívidas e libertavam os escravos. É atirar ao chão o fardo de Sísifo endividado, ascender à segunda inocência de que falava Nietzsche, citado por Lazzarato. A ironia maior: subverter o dinheiro para acabar com a propriedade. Isso implica desde o direito à insolvência à organização de calotes coletivos (de estudantes, hipotecados, consumidores etc). Quando o dinheiro passa a encarnar o homem, ele também pode reconquistá-lo, e assim se liberta.