quinta-feira, 27 de abril de 2006
BWO- desejo
Desejo é o encontro das causas, é aliança de qualidades ativas afluentes. Só há desejo quando há agenciamento de potências ativas. Quando um corpo efetua sua potência a liberdade se potencializa. (Extrato de texto de Raquel Correa).
O corpo circula em um território que é físico e cultural por definição. O corpo re-age à cultura que seleciona e adestra, tornando-se ativo e acionado...
Gilles Deleuze diz que o desejo não comporta qualquer falta e não é um dado natural. Está constantemente articulado a agenciamentos que funcionam. O desejo é processo em vez de ser estrutura ou gênese. Em vez de ser sentimento, o desejo é afeto. O desejo não se refere a subjetividade, mas a “hecceidade” (individualidade de uma jornada, de uma estação, de uma vida). Em vez de ser coisa ou pessoa, o desejo é acontecimento. O desejo implica, sobretudo constituição de um campo de imanência ou de um “corpo sem órgãos” (Body Without Organs-BWO), definido somente por zonas de intensidade, de limiares, de gradientes, de fluxos. Esse corpo é tanto biológico quanto coletivo e político. Os agenciamentos se fazem e se desfazem sobre esse corpo, portador das pontas de desterritorialização, dos agenciamentos ou linhas de fuga. (Deleuze em Desejo e Prazer).
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