“Na biblioteca o autor é obrigado a despertar daquele sonho de comunhão íntima provocado pela leitura. Ele é forçado a reconhece a materialidade do mundo na sucessão interminável das lombadas, no som das páginas virando sobre as mesas, no atrito das capas que se espremem nas prateleiras, e nesse cheiro rançoso que impregna qualquer ambiente em que há livros em grande número.” (pág. 10).
“Mas a biblioteca – especialmente uma tão vasta – não é um mero repositório de curiosidades. É um mundo a um só tempo completo e incompletável, cheio de segredos. Ela está submetida a um regime de mudanças e ciclos que contrastam com a permanência insinuada por suas longas fileiras ordenadas de livros. Arrastados pelo desejo dos leitores, os livros vão entrando e saindo das bibliotecas, num movimento semelhante aos das marés. [...] A biblioteca é como um corpo , e as páginas dos livros são os órgãos espremidos uns contra os outros” (pág. 11-12).
“A Biblioteca de Babel, Jorge Luis Borges imagina o universo como se ele fosse uma biblioteca, ou ainda, imagina uma biblioteca que fosse todo o universo. Trata-se, no entanto, de uma biblioteca curiosamente uniforme, um ideal platônico, composta, segundo o narrador, de um número indefinido e talvez infinito de galerias hexagonais. Quatro paredes contêm estantes – cinco em cada uma delas. As outras duas abrem-se para cômodos adjacentes exatamente idênticos. A passagem de uma galeria a outra é atravessada por umas escadarias em espiral que mergulha num abismo sem fim e se eleva a distâncias remotas. Nas paredes, há espelhos que, segundo o narrador, anunciam e representam a extensão infinita da biblioteca. (pág. 24).”
Internet – a busca é tão casual, associativa e cheia de surpresas como sempre foi. (pág. 27)
Temple
“Como uma seta que aponta uma direção com uma inscrição, o livro pode apenas indicar o caminho, mas não pode dizer quais são as próximas curvas, resolver dúvidas nem responder a questões.” (pág. 93).
BATTLES, Mateus. A Conturbada História das Bibliotecas. São Paulo: Ed. Planeta, 2003.
“Mas a biblioteca – especialmente uma tão vasta – não é um mero repositório de curiosidades. É um mundo a um só tempo completo e incompletável, cheio de segredos. Ela está submetida a um regime de mudanças e ciclos que contrastam com a permanência insinuada por suas longas fileiras ordenadas de livros. Arrastados pelo desejo dos leitores, os livros vão entrando e saindo das bibliotecas, num movimento semelhante aos das marés. [...] A biblioteca é como um corpo , e as páginas dos livros são os órgãos espremidos uns contra os outros” (pág. 11-12).
“A Biblioteca de Babel, Jorge Luis Borges imagina o universo como se ele fosse uma biblioteca, ou ainda, imagina uma biblioteca que fosse todo o universo. Trata-se, no entanto, de uma biblioteca curiosamente uniforme, um ideal platônico, composta, segundo o narrador, de um número indefinido e talvez infinito de galerias hexagonais. Quatro paredes contêm estantes – cinco em cada uma delas. As outras duas abrem-se para cômodos adjacentes exatamente idênticos. A passagem de uma galeria a outra é atravessada por umas escadarias em espiral que mergulha num abismo sem fim e se eleva a distâncias remotas. Nas paredes, há espelhos que, segundo o narrador, anunciam e representam a extensão infinita da biblioteca. (pág. 24).”
Internet – a busca é tão casual, associativa e cheia de surpresas como sempre foi. (pág. 27)
Temple
“Como uma seta que aponta uma direção com uma inscrição, o livro pode apenas indicar o caminho, mas não pode dizer quais são as próximas curvas, resolver dúvidas nem responder a questões.” (pág. 93).
BATTLES, Mateus. A Conturbada História das Bibliotecas. São Paulo: Ed. Planeta, 2003.
Leitura que a Vivian Albani me passou...